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Sporting: Direção pede Assembleia-Geral extraordinária para analisar situação

A direção do Sporting solicitou esta sexta-feira uma Assembleia-Geral extraordinária para analisar a situação atual, um dia depois das agressões a futebolistas do clube, registadas na Academia de Alcochete.
16 Maio 2018, 21h46

“Enviámos hoje ao senhor presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Sporting Clube de Portugal um pedido de Assembleia Geral Extraordinária a ser marcada o mais breve possível, para analisar a situação atual do clube, auscultar os sócios e dar todas as explicações que estes entendam necessárias”, lê-se em comunicado do Conselho Diretivo do clube e da Administração da SAD, que esta sexta-feira estiveram reunidos.

Na mesma nota, reiteram “veementemente, a condenação já efetuada ontem sobre o crime horrendo, um ato terrorista, na Academia Sporting em Alcochete”, que na terça-feira foi invadida por cerca de 50 pessoas de cara tapada, alegadamente adeptos ‘leoninos’, que, depois de terem percorrido os relvados, chegaram ao balneário da equipa principal e agrediram vários jogadores, entre os quais Bas Dost, Acuña, Rui Patrício, William Carvalho, Battaglia e Misic, o treinador Jorge Jesus, e outros membros da equipa técnica.

“Repudiamos de forma veemente todas as declarações e insinuações indecorosas sobre o envolvimento do presidente do clube e da SAD [Bruno de Carvalho], de forma direta ou indireta, no ato horrendo que se verificou”, acrescenta o comunicado.

Os dirigentes solidarizam-se com todas as vítimas deste “ataque atroz e inqualificável”, manifestando-lhes todo o apoio, e sublinham a presença de Bruno de Carvalho na Academia após as ocorrências, “no sentido de apurar o ocorrido e prestar o apoio a todas vítimas deste bárbaro acontecimento”, acrescentando que “a Sporting SAD apresentou queixa do ocorrido junto das autoridades competentes durante a madrugada de hoje”.

“As forças policiais e de justiça atuaram pronta e diligentemente. Temos que perceber agora todos os contornos desta ardilosa situação, rápida e serenamente. Se se vier a comprovar que os autores deste ato ignóbil foram sócios do nosso clube, enviaremos de imediato a respetiva participação para o Conselho Fiscal e Disciplinar para que nos termos estatutários se promova a expulsão dos infratores”, lê-se.

Sobre a posição pública dos jogadores, que anunciaram que estarão presentes na final da Taça de Portugal, o comunicado diz que “reflete o compromisso assumido na reunião da passada segunda-feira, entre a Comissão Executiva da SAD e os atletas, e ontem referido pelo presidente na sua declaração à Sporting TV, e hoje corroborado pelos atletas, apesar dos horrendos acontecimentos”.

Na sequência da invasão à Academia ‘leonina’, a GNR deteve 23 suspeitos, apreendeu cinco viaturas ligeiras, vários artigos relacionados com os crimes e recolheu depoimentos de 36 pessoas, entre jogadores, equipa técnica, funcionários e vigilantes ao serviço do clube.

Os detidos foram hoje identificados e ficaram a conhecer os factos que lhe são imputados no tribunal do Barreiro e vão começar a ser ouvidos por um juiz de instrução criminal na quinta-feira.

Na terça-feira, a equipa principal do Sporting deveria ter cumprido o primeiro treino da semana, depois da derrota no terreno do Marítimo (2-1), que relegou a equipa para o terceiro lugar da I Liga, iniciando a preparação para a final da Taça de Portugal, no domingo, frente ao Desportivo das Aves.

 

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