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Startup de Cantanhede entre as empresas mais emergentes da Europa na genética do futuro

A revista científica “Life Sciences Review” colocou a CBR Genomics num ‘ranking’ composto por dez empresas de biotecnologia. Além de Portugal, houve distinções para Itália, Alemanha, Espanha e Malta.
16 Maio 2022, 13h46

A biotecnológica portuguesa CBR Genomics foi uma das dez empresas na lista das empresas mais emergentes na área de sequenciação genética na Europa, elaborada pela revista científica “Life Sciences Review”. A startup de Cantanhede foi a única de Portugal neste ranking de organizações que deverão dar que falar no futuro da genética.

A publicação científica analisou o trabalho de cada empresa em matéria de Sequenciação de Próxima Geração (NGS) – a aplicação de métodos novos e mais rápidos para sequenciar estruturas de ADN – e colocou a Itália e a Alemanha na liderança, com empresas como a Breda Genetics ou a StarSEQ.

Segundo os editores da “Life Sciences Review”, a tecnologia de NGS “tem revolucionado” ao longos dos últimos anos, o sector da genética e tem um significativo impacto clínico. Aliás, os especialistas estimam que o mercado registe um crescimento anual de 21% entre 2022 e 2027, devido aos avanços tecnológicos.

Na CBR Genomics, o trabalho passa por transformar a forma como a informação inscrita no ADN das pessoas é utilizado no acompanhamento médico, daí ter criado um conjunto de serviços, entre os quais os DNA.files, cujo objetivo é detetar patologias, desde recém-nascidos a adultos, e suportar ações clínicas e decisões médicas com base nas informações transmitidas pelo ácido desoxirribonucleico, onde estão as características de cada um de nós.

“Com isto, é possível prevenir ou retardar o desenvolvimento de doenças genéticas graves através da sequenciação dos genes extraídos de uma amostra de saliva. A CBR Genomics acredita que este modelo vai tornar acessível à população o estudo do seu próprio DNA, permitindo a tomada de decisões de saúde mais informadas e, consequentemente, melhores cuidados de saúde”, detalha a empresa.

Fundada em 2012 por Carlos Faro, Carlos Fiolhais, Gonçalo Quadros e Nuno Arantes-Oliveira, a CBR Genomics arrecadou um total de 4,7 milhões de euros em financiamento em três rondas de investimento, sendo que a última foi fechada em dezembro de 2017 (série A) e envolveu as sociedades de capital de risco Green Innovation, Portugal Ventures e Critical Ventures.

“Recusamo-nos a aceitar o diagnóstico tardio de doenças bem caracterizadas geneticamente (não tão) raras, doenças graves ou mesmo mortes precoces devido a condições genéticas totalmente estabelecidas, que poderiam ser precocemente intervencionadas ou mesmo evitáveis”, explica a CEO da CBR Genomics, Ana Catarina Gomes, em declarações à revista internacional.

A “Life Sciences Review” faz ainda referência a uma empresa de Espanha e uma de Malta.

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