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Startup Lisboa apoiou 400 empresas que criaram milhares de empregos em dez anos

A incubadora, criada em 2012 pela Câmara Municipal de Lisboa, pela Associação Mutualista Montepio e pelo IAPMEI, viu o investimento angariado pelas startups que apoia mais do que quadruplicar em cinco anos, para 340 milhões de euros.
3 Fevereiro 2022, 08h20

A Startup Lisboa está de parabéns e quer prolongar a festa no tempo, de preferência com a conclusão do Hub Criativo do Beato, mais diversidade de género, cultural e social e maior proximidade com as universidades. A incubadora portuguesa, que completou dez anos esta terça-feira, apoiou 400 startups ao longo da última década, contabilizou mais de 340 milhões de euros em investimento angariado pelas jovens empresas, que criaram perto de 4.500 postos de trabalho.

“A comunidade é a principal responsável pelo sucesso deste projeto, que se mede pelas conquistas do ecossistema que criámos e trabalhamos para alimentar. A nossa missão é a de edificar um ecossistema empreendedor vivo e dinâmico, e são os protagonistas [empreendedores, startups, parceiros, investidores] que merecem os parabéns”, começa por dizer o diretor executivo da Startup Lisboa.

“O ecossistema empreendedor de Lisboa é cada vez mais cosmopolita e internacional e os números de startups lideradas por fundadores estrangeiros que procuram a capital para desenvolver e expandir os seus negócios são a melhor expressão disso”, afirma Miguel Fontes, no lançamento do vídeo de celebração.

Fundada no início de fevereiro de 2022, a partir do Orçamento Participativo de Lisboa, pela Câmara Municipal de Lisboa, pela Associação Mutualista Montepio e pelo IAPMEI, a Startup Lisboa recebeu neste período mais de 4.500 candidaturas de empreendedores e viu o investimento angariado pelas suas incubadas mais do que quadruplicar em cinco anos, quando era de 80 milhões de euros.

Quando se olha para sobrevivência das startups nesta incubadora lisboeta, 25% extinguiram-se e 70% continuam ativa, o que contraria as estatísticas médias globais que apontam para a “morte” de nove em cada dez startups. No entanto, só 5% fizeram exit (quando um ou mais fundadores decidem vender a sua quota parcialmente ou na totalidade).

A Casa Startup Lisboa, que deu à incubadora da Rua da Prata o título de primeira do país a ter uma casa para acolher empreendedores, teve mais de metade (67%) de ocupação anual nos últimos cinco anos, sendo que a grande maioria (80%) dos residentes são estrangeiros.

“A existência de uma comunidade empreendedora é, para o diretor da Startup Lisboa, a maior conquista dos últimos 10 anos. Se na altura não existia, hoje está cada vez mais madura e fervilhante. A incubadora promoveu uma filosofia empresarial empreendedora de entreajuda e colaboração, essencial para o desenvolvimento do ecossistema e progresso social e económico”, conclui Miguel Fontes.

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