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Startup luso-americana Cheres vai lançar aplicação de partilha e gestão de investimentos em março  

A empresa de António Andrade quer contratar pelo menos mais quatro pessoas para as áreas de redes socias, ‘copywriting’ e design de produto, preferencialmente que possam trabalhar com o empreendedor português em Nova Iorque.
26 Janeiro 2022, 15h05

A startup luso-americana Cheres, que criou uma plataforma social de investimentos durante a pandemia, prepara-se para lançar uma aplicação móvel em março, que permite aos investidores gerir melhor os seus ativos e comunicar com amigos e desconhecidos que partilhem os mesmos interesses financeiros.

Cofundada pelo empreendedor português António Andrade há apenas cinco meses, a empresa participou no programa da aceleradora internacional Techstars, em Los Angeles, o que a catapultou para outro patamar e capacitou agora de ter novas ambições, entre as quais chegar aos 100 mil utilizadores em 2022, recrutar e expandir para outros países, uma vez que atualmente só contas bancárias sediadas nos Estados Unidos e Canadá são elegíveis.

A Cheres quer contratar pelo menos mais quatro pessoas e, de acordo com o site oficial da startup, é possível perceber que há vagas de trabalho em aberto para as áreas de redes socias, copywriting e design de produto (preferencialmente para Nova Iorque, mas é possível que seja em regime remoto).

“O nosso foco para 2022 é que os especialistas em investimento tenham um canal aberto para a sua audiência, numa única plataforma all-in-one, com ferramentas de gestão da comunidade, likes, comentários e tudo o que já existe numa rede social para potenciar engajamento. No futuro, o objetivo é que se possa transacionar através de qualquer conta de investimento no mundo sem sair da app da Cheres”, refere António Andrade.

O cofundador licenciou-se em Engenharia no Instituto Superior Técnico, fez investigação na École Polytechnique Fédérale de Lausanne, na Suíça e, mais recentemente trabalhou na Arup e na Zendesk, em Singapura. No entanto, durante o confinamento, criou um grupo com Kathleen Garcia-Manjarres e Shahriar Kabir para falar sobre investimentos, que acabou por escalar para uma chatbot mais pública onde se podia automatizar a partilha desses investimentos.

“Deixámos os nossos empregos certos e voamos de Singapura, Nova Iorque e São Francisco rumo a Los Angeles para participar no Techstars, onde passámos da ideia à app em três semanas e, dois meses depois, fechámos uma ronda seed. Hoje, poucos meses depois e apenas com sete meses de vida, a Cheres tem integração e conexão com os maiores 500 bancos tradicionais e de investimento da América do Norte e do Canadá, com todas as wallets Ethereum e com a Coinbase, Kraken e Crypto.com”, conta António Andrade.

Desenhada sobretudo para a geração Z, a Cheres é uma plataforma de investimento social que permite aos investidores de retalho gerir melhor onde investem o dinheiro com a ajuda da comunidade, permitindo que agreguem todas as suas contas (de ações e carteiras de criptomoedas, por exemplo) num local onde têm maior visibilidade sobre os mesmos e partilhem as suas negociações de títulos/criptoativos e NFT (tokens não fungíveis) com os amigos ou aceder a outros grupo de investidores com ideias semelhantes.

A Cheres fechou uma ronda de investimento inicial em 2021, mas o valor não foi tornado público.

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