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Startup luso-neerlandesa Jungle encaixa 5 milhões de euros

A empresa de Inteligência Artificial recebeu um novo investimento liderado pela sociedade Shift Invest, dos Países Baixos, e na qual participou também a EDP Ventures.
7 Setembro 2022, 17h45

A startup luso-neerlandesa Jungle, especializada em Inteligência Artificial (IA), fechou uma nova ronda de financiamento – série A – no valor de 5 milhões de euros com o objetivo de acelerar a aplicação da sua tecnologia no sector energético. A empresa com sede em Lisboa pretende também, com este reforço de capital, recrutar doze profissionais ao longo dos próximos meses.

O investimento, que aumenta o total angariado para cerca de 8,2 milhões de euros, foi liderado por um fundo de Amstelveen (Países Baixos), o Shift Invest, mas incluiu também a participação do grupo Rocks International, da EDP Ventures, Gorilla Growth Capital e Future Energy Ventures.

“Ao longo do último ano, conseguimos expandir para um número muito maior de clientes. Com este investimento, iremos reforçar ainda mais a nossa equipa para apoiar esta expansão numa escala global. Encontrámos na Shift um parceiro muito valioso durante este último ano e ficamos felizes por, mais uma vez, eles terem reiterado o seu compromisso para connosco”, comenta o CEO da Jungle, Arnoud Kamerbeek, em comunicado divulgado à comunicação social.

Segundo Guus Verhees, managing partner da Shift Invest, “a Jungle tem uma equipa muito forte, que tem demonstrado continuamente capacidade para captar clientes de renome à escala mundial, capacitando-os para aumentar a sua produção, evitar custos decorrentes de avarias e reduzir as emissões de CO2 [dióxido de carbono] provenientes das suas instalações”. “A contribuição imediata da Jungle para o processo de transição energética alinha-se muito bem com o propósito de investimento de impacto da Shift”, sublinha.

Guus Verhees recorda ainda que, há cerca de um ano, o fundo de investimento de impacto concedeu à Jungle financiamento e, desde então, tem “assistido a progressos muito significativos que despertaram o nosso apetite para um investimento em maior escala”, referindo-se à ronda de um milhão de euros anunciada em junho de 2021.

Fundada em 2017 pelo empreendedor Sílvio Rodrigues e por Alexander Helmer e Tim Kock, a Jungle desenvolveu uma tecnologia chamada “Canopy” que permite, entre outros, monitorizar vários gigawatts (GW) de ativos de energias renováveis e fornece também serviços de previsão de produção de energia. A tecnologia é utilizada por proprietários e operadores de parques eólicos, parques solares e linhas de fabrico para identificar e resolver o subdesempenho dos equipamentos, permitindo-lhes melhorar a produção.

“No sector das energias renováveis, isso significa possibilitar que turbinas eólicas e painéis solares já instalados e em funcionamento aumentem a sua produção de eletricidade, acelerando o urgente processo de transição energética”, detalha a Jungle, que é uma das cinco empresas selecionadas para a 11.ª edição do programa de aceleração da Fundação Repsol. Pela sua experiência em machine learning no âmbito da eletromecânica, a startup vai receber apoio de até 100 mil euros até 2023 e assessoria e mentoria de especialistas da petrolífera e de uma equipa de outros peritos em energia e gestão de negócios.

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