A startup portuguesa Weezie, que desenvolveu um software para gestão de redes de fibra ótica, tem contratos assinados com empresas até 2026 num valor que ascende os 5 milhões de euros. A empresa do Porto prevê que 2023 seja um ano de evolução, com duplicação de faturação e expansão internacional para a maior economia do mundo, os Estados Unidos.
“As grandes economias tendem a sofrer um atraso muito grande na implementação da rede de fibra à casa e os investimentos nessas áreas estão agora a ser desenvolvidos. No caso dos Estados Unidos, só o investimento público previsto pela administração de Joe Biden para levar a fibra à casa de todos os americanos chega aos 65 mil milhões de dólares, por isso, a presença da Weezie neste mercado, torna-se muito promissora e dá-nos grandes perspetivas de continuação de crescimento”, afirma o CEO da Weezie, João Sousa Guedes.
A Weezie nasceu há apenas seis anos, de uma spin-off do departamento de investigação e desenvolvimento da AIXTEL Engineering, e hoje e opera em cinco países, entre os quais Áustria, Angola, França, Reino Unido e Alemanha, estando a dar os primeiros passos na Península Balcânica.
A meta mantém-se: valer 7,5 milhões de euros, praticamente o dobro da avaliação que tinha há três anos. Para conseguir completar os seus objetivos estratégicos, a empresa deverá manter o ritmo de crescimento da equipa a 50% em 2023 através do recrutamento de diversos perfis desde tecnológicos – sénior e júnior -, especializados nas áreas de programação back-end e front-end, comercial e de suporte.
A solução criada pela Weezie – para automatizar o trabalho da gestão de rede de fibra ótica e dar às empresas de telecomunicações um software que procure gerar uma melhor experiência ao cliente final – permitiu que os seus clientes levassem a fibra ótica a mais de 50 milhões de casas em todo o mundo. Em 2019, a startup fechou uma ronda de financiamento de 525 mil euros, liderada pela Novabase Capital em parceria com a Busy Angels, mas encontra-se neste momento a procurar novo financiamento junto de sociedades de capital de risco europeias.