A startup portuguesa Graphenest, que desenvolveu uma tecnologia para produção em larga escala de grafeno e derivados, fechou uma nova ronda de financiamento de 1,8 milhões de euros, na qual estiveram envolvidas as sociedades de capital de risco Ged Ventures e Portugal Ventures. A cleantech com sede em Sever do Vouga irá utilizar o montante para aumentar o orçamento de investigação e começar o processo de industrialização.
Fundada em 2015 por Vitor Abrantes, Bruno Figueiredo e Rui Silva, a Graphenest nasceu no distrito de Aveiro com o intuito de se destacar no fabrico industrial de materiais condutores com base em grafeno. A ideia é melhorar a sustentabilidade na energia e eletrónica por via da luta contra a interferência eletromagnética.
Segundo o trio de empreendedores, esta ronda “vai permitir reforçar e intensificar a Investigação e Desenvolvimento [I&D] que a empresa tem vindo a desenvolver, assim como levar as tecnologias proprietárias que permitem soluções mais sustentáveis e económicas, aos quatro cantos do globo”.
“Trata-se de mais um investimento com propósito, pois o grafeno será um elemento fundamental para diversas áreas estratégicas da nossa sociedade, como mobilidade, telecomunicações, eletrónica, medicina e energia”, explicou Francisco Lino Marques, sócio e membro do conselho de administração da Ged Ventures Portugal, em comunicado divulgado esta terça-feira aos meios de comunicação social.
Para Pedro Mello Breyner, vogal executivo da Portugal Ventures, através deste capital, a Graphenest ficará com os meios necessários para atingir os seus objetivos, entre os quais está o início de industrialização, em parceria com integradores de materiais condutores com base em grafeno. “Tem sido gratificante acompanhar o crescimento da Graphenest desde a sua constituição”. “Reforçamos a nossa posição através desta ronda de investimento com a Ged Ventures, evidenciando como continuamos a acreditar no projeto”, comentou.
“Temos a Graphenest, uma empresa nacional, a desenvolver tecnologia e a produzir soluções com base em grafeno, como termoplásticos e tintas sustentáveis que servem estas indústrias, reduzindo o seu peso e os custos de produção”, acrescentou Francisco Lino Marques, cuja empresa investiu através do fundo Ged Tech Seed.
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