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Startups portuguesas apresentam resultados no Programa Carnegie Mellon Portugal

Em 2017 fizeram parte do acelerador de negócios inRes três equipas: a Connect Robotics, a wesenss e a Caterpillar Math.
7 Fevereiro 2018, 12h51

Investimentos de 75 mil euros da Agência Espacial Europeia (AEE), financiamento do Horizonte 2020, centenas de contactos com potenciais clientes e empresas, consolidação de planos de negócios, melhorias introduzidas nos produtos em desenvolvimento, contratos assinados com clientes para realização de testes e inúmeras portas abertas junto de eventuais investidores. São alguns dos resultados alcançados pelas equipas de empreendedores que participaram em 2016 e 2017 no inRes, o acelerador de negócios do Programa Carnegie Mellon Portugal, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Foram sete semanas de imersão no contexto americano de Pittsburgh e de Silicon Valley do programa InRes. Todos os participantes consideram a experiência determinante para o desenvolvimento dos seus projetos, consolidação de ideias e contactos com empresas de topo nas suas áreas de negócio, abrindo assim caminho para a entrada no mercado.

A aventura de imersão nos Estados Unidos das três equipas, a Connect Robotics, a wesenss e a Caterpillar Math, começou em outubro de 2017, em Pittsburgh, e seguiu depois para Silicon Valley, onde reuniram também com as equipas inRes de 2016, a All in Surf, a Helppier, a Soft Bionics e a TWEvo. Juntos participaram na última experiência deste programa “A semana empreendedora”.

De regresso a Portugal, a Connect Robotics, que já está no centro de incubação da Agência Espacial Europeia, vem com “mais força, entusiasmo e mais energia para conseguir atingir os objetivos a que se propôs”. Quem o diz é o Diretor de Negócios, Raphael Stanzani, que considerou a experiência no Programa Carnegie Mello Portugal “extremamente positiva”, uma vez que graças a este acelerador de negócios tem agora “uma visão mais ampla para a startup e maior clareza sobre quais devem ser as prioridades”. O projeto está a desenvolver serviços de entregas com drones, que inclui tecnologia de gestão autónoma de tráfego aéreo.

A wesenss desenvolveu uma solução composta por sensores vestíveis que, permitindo a monitorização em contínuo, em tempo real e de forma automática, dos sinais vitais de cada profissional, em paralelo com o seu grau de exposição às condições ambientais e geolocalização, permite uma redução de riscos de saúde e aumento de eficiência operacional para profissionais de risco. A solução tem vindo a ser testada pelos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha e um piloto com uma corporação americana está agendada para 2018. Rui Rosas, um dos fundadores, diz que “o inRes foi uma excelente oportunidade para apresentar a tecnologia ao mercado Americano” e acrescenta “se não tivéssemos participado neste acelerador, dificilmente estaríamos no nível de evolução em que estamos neste momento”.

A Caterpillar Math, que está a criar jogos digitais que desenvolvem as competências matemáticas das crianças, conseguiu testar o seu produto com mais de 100 crianças americanas, o que resultou numa carta de interesse de uma escola para continuar a testar os jogos à medida que estão a ser desenvolvidos. No final da experiência, a fundadora Rita Quintela acredita que tem “agora um roteiro mais realista para a startup”. Das novidades que envolvem as equipas de 2016, destaca-se o financiamento da All in Surf e da TWEvo. Após a experiência inRes, a All in Surf foi contactada pela AEE como revelou Márcio Borgonovo-Santos, fundador da startup. “Depois desse contacto, concorremos ao Space Moves e classificámo-nos em terceiro lugar neste concurso. Isso permitiu-nos participar no principal acelerador de negócios ligados ao desporto, em Berlim”.

Foram selecionados para a segunda fase num total de mais de 400 equipas. No final da segunda fase, 40 equipas foram escolhidas para investimento e a All in Surf estava entre as eleitas, conseguindo inicialmente 25 mil e depois 50 mil euros da AEE”. Também a TWEVO vai receber financiamento comunitário europeu, após ter ficado em quinto lugar entre mais de 650 candidaturas ao SME Instrument, o instrumento financeiro do Horizonte 2020, no final de 2017.

O financiamento vai ser direcionado para a avaliação do mercado e para obter feedback relativamente à aceitação e potencial do produto na Europa.Numa segunda fase, a TWEVO poderá candidatar novamente o projeto ao SME Instrument para obter financiamento para introdução do produto no mercado.

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