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Subida de Jean-Luc Mélenchon nas sondagens baralha as intenções de voto em França

Se no início da campanha as probabilidades do candidato eram vistas como quase nulas, a subida de Jean-Luc Mélenchon nas intenções de voto está a surpreender os analistas.
  • Jean-Paul Pelissier/REUTERS
12 Abril 2017, 12h50

A descolagem do candidato de extrema-esquerda, Jean-Luc Mélenchon, nas sondagens às presidenciais em França não para. Depois de ultrapassado o candidato de direita, François Fillon, numa sondagem da Kantar Sofres-Onepoint divulgada no domingo, são já vários os analistas que acreditam que Mélenchon pode vir a alterar o xadrez político na corrida ao Palácio do Eliseu e causar problemas à direita na primeira volta das presidenciais de 23 de abril.

“O impressionante avanço de Jean-Luc Mélenchon reconfigurou totalmente os dados nesta eleição”, afirma Gael Sliman, o responsável pela sondagem às intenções de voto da Odoxa. “A (menos) de duas semanas das eleições, temos quatro candidatos que ainda podem ganhar, o que é inédito”.

Com um discurso marcado pela defesa das classes sociais mais desfavorecidas e redistribuição da riqueza, o candidato de 65 anos tem vindo a conquistar o eleitorado francês. Num país abalado por sucessivos atentados terroristas e pelo crescimento do desemprego e precariedade, Jean-Luc Mélenchon defende ainda o fim das medidas de austeridade e reporta-se como um fervoroso apoiante da saída da França da União Europeia e da aliança militar ocidental (NATO).

Se no início da campanha as probabilidades do candidato eram vistas como quase nulas, a subida de Jean-Luc Mélenchon nas intenções de voto está a surpreender os analistas. As últimas sondagens dão conta de que são quatro os candidatos com intenções de voto à volta dos 20% e que podem vir a disputar a segunda volta, a 7 de maio. São eles a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, o candidato centrista Emmanuel Macron, o comunista Jean-Luc Mélenchon e o candidato conservador François Fillon.

Jean-Luc Mélenchon conseguiu desde o início do ano mais 1,8 a dois milhões de intenções de votos e nas sondagens recolhe 18%, ficando pela primeira vez à frente de François Fillon, cuja campanha tem sido abalado por vários escândalos sobre desvios de fundos públicos, e que consegue 17%. A liderar as sondagens continuam ainda Marine Le Pen e Emmanuel Macron, que ganham, cada um, 24% dos votos.

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