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Subida de juros no crédito habitação. Cinco dicas para aliviar a pressão do seu orçamento

Perceba de que forma pode equilibrar as suas contas ao final do mês, mesmo com a subida das taxas de juro no crédito habitação.
27 Maio 2022, 10h04

Com o aumento dos encargos com o crédito habitação, nomeadamente a subida da taxa Euribor (European Interbank Offered Rate), torna-se importante perceber de que forma podem as famílias aliviar a pressão nos seus orçamentos mensais.

A Euribor é a taxa de referência do Mercado Monetário Interbancário (MMI), que resulta da média das cotações fornecidas por um conjunto de bancos europeus. As taxas de juro no crédito habitação são, por norma, indexadas à Euribor, ou seja, quanto maior for o valor do indexante, mais elevada será a prestação, dado que os juros a pagar serão superiores.

Em Portugal, os indexantes mais utilizados são a Euribor a seis ou doze meses, ainda que esta taxa seja variável ao longo do contrato de crédito e consoante o prazo escolhido que, por sua vez, pode variar entre uma semana a um ano.

Rui Barrada, presidente-executivo da “Doutor Finanças”, alerta que “se a Taxa Euribor continuar a subir, a prestação do crédito habitação também aumentará, o que poderá colocar em causa o orçamento familiar. É muito importante prevenirmos este impacto e encontrar formas de o minimizar”.

Desta forma, a Doutor Finanças elaborou um conjunto de cinco dicas, cujo objetivo é ajudar as famílias portugueses a prepararem-se para o aumento dos encargos e, assim, salvaguardarem os seus orçamentos.

Negoceie as condições do nosso contrato

Por regra, os bancos preferem rever e melhorar as condições de um contrato, do que perder um cliente. Muitas vezes, é possível poupar no crédito habitação apenas com um pedido de revisão das condições atuais. Se tiver um contrato de crédito habitação mais antigo, poderá não beneficiar de um spread (margem de lucro da entidade bancária) ajustado às suas condições, por exemplo.

Analise as taxas de juros

No seu contrato de crédito habitação estão presentes inúmeras taxas que influenciam o valor da prestação. Estre elas estão a Euribor, o spread, a TAN (Taxa Anual Nominal) e a TAEG (Taxa Anual Efetiva Global). Deve analisar bem estas taxas e ver se as pode renegociar. De realçar que a TAEG reflete todos os custos associados ao contrato, nomeadamente seguros e cartões. Se negociar os produtos associados ao crédito pode reduzir esta taxa.

Por outro lado, também deve ponderar, dada a esperada subida das taxas de juro, se tem mais vantagens em optar por uma taxa mista ou fixa, em vez de continuar com um contrato de crédito com uma taxa variável.

Procure melhores condições no mercado

Numa ótica de renegociação, o especialista recomenda que aborde primeiro o seu banco no sentido de renegociar as condições contratuais do seu crédito atual. Se este não apresentar condições que satisfaçam as suas necessidades, pode ponderar a transferência do crédito habitação para outro banco.

Antes de o transferir, deve consultar vários bancos e analisar minuciosamente cada proposta. No entanto, não deve tomar uma decisão apenas com base no spread mais baixo, pois este não significa que irá poupar no crédito habitação.

Após analisar bem as propostas, deve procurar informações sobre se o banco em questão irá cobrir os custos da transferência do seu crédito habitação. Caso não o faça, terá de fazer contas e perceber se a mudança compensa. Nesse sentido, pode utilizar a calculadora de transferência de crédito habitação, para o ajudar nos comparativos, ou então, procurar um intermediário de crédito.

Transfira apenas os seguros

No caso de não pretender transferir o seu crédito para outro banco, poderá analisar a transferência do seguro de vida e do seguro multirriscos para outra entidade. Por norma, o valor destes seguros é mais caro quando os contratados no banco onde obteve o financiamento.

Consolide vários créditos

Se tem vários créditos contratados, além do seu crédito habitação, como por exemplo cartões de crédito, diferentes créditos ao consumo ou um crédito automóvel, pode consolidar todos estes contratos, gerando uma poupança elevada. Uma das vantagens do crédito consolidado, é que ao juntar todos os créditos num só, pagará apenas uma fatura mensal e a taxa de juro média deve descer.

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