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Subidas no preço dos combustíveis afeta 75% dos trabalhadores portugueses, revela estudo

Também o aumento do preço da energia doméstica preocupa a esmagadora maioria dos portugueses, traduzindo-se numa tentativa de mudança de hábitos por parte da população, através da redução da utilização de equipamentos elétricos (57%) e da procura de equipamentos com menor consumo energético (17%).
16 Março 2022, 15h34

Metade dos portugueses afirma que não tem alternativas de transporte públicos disponíveis, em detrimento do carro, para se deslocarem até ao trabalho. Segundo um inquérito realizado pela consultora Fixando, 75% dos trabalhadores já sentem as consequências financeiras da subida dos preços dos combustíveis.

No inquérito, realizado entre 9 e 14 de março a 664 clientes da Fixando, 18% denunciam transportes públicos insuficientes, estando assim impossibilitados de escapar ao grande impacto financeiro provocado pelos aumentos do preço dos combustíveis.

O carro continua a ser o meio escolhido pela grande maioria (75%) dos portugueses e, face ao aumento dos preços dos combustíveis, alguns condutores revelam que já equacionam a utilização de transportes públicos (24%) ou bicicleta (15%).

Também o aumento do preço da energia doméstica preocupa a esmagadora maioria dos portugueses, traduzindo-se numa tentativa de mudança de hábitos por parte da população, através da redução da utilização de equipamentos elétricos (57%) e da procura de equipamentos com menor consumo energético (17%).

A maioria dos inquiridos (62%) admite não ter intenções em instalar painéis solares ou alternativas energéticas na sua habitação, por considerarem que o investimento inicial é elevado (44%), que as características da habitação não são as mais apropriadas (23%). Por outro lado, investir em energias renováveis reúne 25% das intenções dos inquiridos, ainda que esta alternativa seja pouco acessível a grande parte da população.

O inquérito revela ainda que a preocupação dos portugueses com o preço e com o impacto ambiental do consumo de energia, tem-se traduzido num aumento de 291% da procura por energias renováveis, face a 2021. Alice Nunes, diretora de novos negócios da Fixando, afirma que “infelizmente, os trabalhadores disponíveis para este tipo de serviços, como a instalação de painéis solares, não está a conseguir dar resposta à crescente preocupação dos portugueses com os problemas energéticos. Cerca de 60% dos nossos clientes não têm conseguido encontrar especialistas disponíveis para estes projetos”.

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