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Subsídios para funerais têm atrasos que podem chegar a um ano

As funerárias falam em atrasos que podem ir de seis a doze meses e garantem que já há empresas com dificuldades de tesouraria. A Segurança Social nega qualquer atraso no pagamento dos subsídios.
20 Março 2018, 09h23

As duas associações que congregam empresas funerárias indicam que o subsídio por morte, com o qual as famílias pagam o funeral de familiares falecidos, está a ser pago cada vez mais tarde. As funerárias falam em atrasos que podem ir de seis a doze meses e garantem que já há empresas com dificuldades de tesouraria, avança o “Jornal de Notícias”.

“Antes da troika, o Centro Nacional de Pensões pagava em dois ou três meses, no máximo. Agora, a maioria das vezes demora quatro ou cinco meses ou mais. Infelizmente, o prazo de pagamento está cada vez pior”, afirma Carlos Almeida, presidente da Associação Nacional de Empresas Lutuosas. Vítor Cristão, presidente da Associação de Agentes Funerários de Portugal, diz ainda que “são atrasos atrás de atrasos” e há “muitos clientes à espera”.

Em causa estão o subsídio por morte (valor pago aos familiares, para compensar despesas decorrentes da morte da pessoa) ou o subsídio por despesas de funeral (caso o enterro seja pago por outra pessoa que não o familiar), ambos no valor de 1.287, este ano.

A Segurança Social descarta as queixas e fala de normalidade no pagamento das prestações sociais por morte. Ao “JN”, fonte oficial do Ministério da Segurança Social assegurou, em janeiro deste ano, que “o pagamento médio de diferimento para o reembolso das despesas de funeral e para o subsídio por morte era de 75 dias”. Já o subsídio por morte era despachado pela Segurança Social, em 17 dias.

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