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Suécia e Finlândia vão avançar com candidatura de adesão à NATO (com áudio)

O Kremlin disse que seria forçado a “restaurar o equilíbrio militar” fortalecendo as suas defesas no Báltico, inclusive com a preparação de armas nucleares, se os dois países decidissem abandonar décadas de não alinhamento militar ao ingressarem na NATO.
  • (L-R) Sweden’s Defence Minister Peter Hultqvist, Sweden’s Minister for Foreign Affairs Ann Linde, Finland’s Minister for Foreign Affairs Pekka Haavisto and Finland’s Defence Minister Antti Kaikkonen pose during a photo call in Stockholm, Sweden, where they meet for talks on European security on February 2, 2022. – Sweden OUT (Photo by Paul Wennerholm / TT News Agency / AFP) / Sweden OUT (Photo by PAUL WENNERHOLM/TT News Agency/AFP via Getty Images)
26 Abril 2022, 09h45

A Suécia e a Finlândia concordaram esta terça-feira em enviar pedidos, simultaneamente, de adesão à NATO. Está previsto que as candidaturas cheguem ao Conselho do Atlântico Norte (NAC) em maio, avança o “The Guardian”.

O diário finlandês “Iltalehti” escreveu na segunda-feira que Estocolmo “sugeriu que os dois países indicassem a sua vontade de aderir” no mesmo dia, e que Helsínquia concordou “desde que o governo sueco tenha tomado a sua decisão”.

Por sua vez, o jornal sueco “Expressen” citou fontes do governo que confirmam as intenções. Os primeiros-ministros dos dois países afirmaram, este mês, que estavam a ponderar aderir, argumentando que a invasão da Ucrânia pela Rússia mudou “todo o cenário de segurança” da Europa e “moldou dramaticamente a mentalidade” na região nórdica.

A primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, admitiu que o seu país, que partilha uma fronteira de 1.300 quilómetros com a Rússia, decidiria se avançaria com a candidataria à aliança “muito rápido, em semanas, não meses”, apesar do risco de enfurecer Moscovo.

A homóloga sueca, Magdalena Andersson, sublinhou que a Suécia tem de estar “preparada para todo o tipo de ações da Rússia” e que “tudo mudou” quando Moscovo atacou a Ucrânia. A Rússia alertou repetidamente os dois países contra a medida.

O Kremlin alertou que seria forçado a “restaurar o equilíbrio militar” fortalecendo as suas defesas no Báltico, inclusive com a preparação de armas nucleares, se os dois países decidirem abandonar décadas de não alinhamento militar ao ingressarem na NATO.

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia, Ann Linde, revelou na semana passada que uma ampla revisão da política de segurança seria concluída até 13 de maio, em vez de 31 de maio, conforme planeado originalmente, acrescentando que com a análise da Finlândia já publicada “agora há muita pressão”.

Segundo as sondagens finlandesas, 68% da população é a favor de ingressar na aliança, percentagem que duplicou após a invasão russa à Ucrânia, com apenas 12% contra. Já as sondagens na Suécia sugerem que uma pequena maioria dos cidadãos também apoia a adesão.

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