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“Super-humanos” vão substituir o homem comum. Previsão é de Stephen Hawking

Físico britânico deixou uma série de artigos onde afirma que, ainda este século, humanos geneticamente modificados e mais capazes em todas as áreas vão acabar com o homem como hoje o conhecemos. O tema é assunto de um livro a editar esta terça-feira.
15 Outubro 2018, 17h22

O físico britânico Stephen Hawking, cujo falecimento foi anunciado em março deste ano, previu que os avanços na engenharia genética vão levar à criação de uma raça de super-humanos. Não é o primeiro a antever essa possibilidade, mas Hawking deixou a opinião de que essa raça modificada acabará por destruir a humanidade – função que outros consideram estar nas mãos da máquinas inteligentes do futuro.

“Acredito que durante este século, as pessoas vão descobrir como modificar a inteligência e os instintos, tal como a agressão. ​​​Vão ser criadas leis contra a engenharia genética em humanos, mas algumas pessoas não vão ser capazes de resistir à tentação de melhorar as características humanas como a memória, a resistência a doenças e a longevidade da vida”, escreveu Stephen Hawking num conjunto de artigos e ensaios até agora inéditos.

Num tema que é usual nos livros de ficção – alguma científica outra meramente especulativa – o físico britânico assume a opinião segundo a qual as pessoas mais ricas vão em breve poder editar o seu próprio ADN e o dos seus filhos com o objetivo de “criar super-humanos com uma memória gigantesca, resistência a doenças, inteligência e longevidade.

O assunto, que remete para um dos últimos livros do escritor norte-americano Don Delillo, é revelado pelo jornal ‘The Sunday Times’ e faz parte de uma obra póstuma que será publicada esta terça-feira, intitulada ‘Brief Answers to the Big Questions’ (‘Breves Respostas para as Grandes Questões’).

O britânico, que sofria de esclerose lateral amiotrófica diagnosticada aos 21 anos, refere que “”assim que os super-humanos aparecerem vai haver problemas políticos significativos com os humanos que não foram melhorados, que não serão capazes de competir”, e que estes, uma vez subalternizados pelos ‘novos’ super-homens, vão, presumivelmente, “acabar por morrer ou deixar de ter importância”.

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