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‘Super quinta-feira’ no Banco de Inglaterra focada nos travões à inflação

Decisão de taxas de juro, minutas da reunião de política monetária e relatório de inflação são todos divulgados esta quinta-feira pelo banco central do Reino Unido. O disparo dos preços tem sido a principal preocupação e os mercados esperam perceber os próximos passos de Mark Carney sobre o assunto.
  • Frank Augstein/Reuters
8 Fevereiro 2018, 06h20

A ‘super quinta-feira’ para o Banco de Inglaterra (BoE) vai oferecer aos mercados uma decisão sobre taxas de juro, minutas da reunião do Comité de Política Monetária (CPM) e o relatório trimestral de inflação. Com baixas expetativas em relação a uma subida dos juros, os analistas estarão atentos à estratégia de normalização da política monetária e controlo da inflação.

“É amplamente esperado que o BoE mantenha a política inalterada na reunião desta semana e o foco vai estar no caminho do banco central em 2018 de aperto, enquanto procura reduzir a inflação para a meta de 2%”, afirmou o estrategista chefe de investimento global da BlackRock, Richard Turnill.

Numa altura em que o Reino Unido negoceia os termos de saída da União Europeia, a inflação tem sido uma dor de cabeça para o governador do banco central, Mark Carney. O valor atingiu em novembro o nível mais elevado em seis anos (3,1%), tendo depois desacelerado para 3% em dezembro. Na última reunião de 2017, o BoE reviu em alta as projeções económicas e mostrou mais confiança em relação à trajetória da inflação, que espera que atinja a meta de 2% em 2020.

A fintech de câmbio Ebury sublinha que “os fracos números nos indicadores de atividade do setor da construção reavivaram as preocupações com o alargamento do diferencial de desempenho económico entre a zona euro e o Reino Unido”.

Também não espera “qualquer medida de relevo”, mas considera que “os mercados vão estar particularmente atentos ao relatório da inflação, para tentar perceber quando será decidida a próxima subida das taxas de curto prazo”.

As taxas de juro de referência britânicas estão atualmente nos 0,5%, valor para que a instituição liderada por Mark Carney as subiu em novembro, depois de uma década em mínimos históricos. A questão prendem-se agora com o calendário de novas subidas. “Vemos a expetativa do mercado de uma subida de 1,5 este ano como razoável dadas as melhorias na economia do Reino Unido e a expansão global abrangente e sincronizada”, acrescentou Turnill, da BlackRock.

Quanto aos estímulos monetários, deverá manter o programa de compra de ativos corporativos em 10 mil milhões de libras e de compra de ativos governamentais em 435 mil milhões de libras.

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