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Surto de legionella: MP diz que “não deixará de investigar” indícios de crime

O número de casos diagnosticados de pessoas infetadas com ‘legionella’, no hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 30. A Procuradoria Geral da república (PGR) avança que se encontra a recolher elementos sobre o caso e não deixará de investigar qualquer indício de crime de que tenha conhecimento.
7 Novembro 2017, 11h24

O Ministério Público (MP) revela que encontra-se a recolher elementos relativos ao surto de legionella no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, que infetou, até ao momento, 30 pessoas. A Procuradoria Geral da República (PGR) garante que não deixará de investigar qualquer indício de crime de que tenha conhecimento.

“O Ministério Público encontra-se a recolher elementos, sendo que não deixará de investigar qualquer indício de crime de que tenha conhecimento”, avançou ao Jornal Económico fonte oficial da PGR.

Até ao momento foram diagnosticados desde 31 de outubro 30 pessoas infetadas com doença dos legionários, conhecida também por legionella, relacionadas com o hospital São Francisco Xavier, em Lisboa. Destes 30, dois morreram. O surto levou já à morte de duas pessoas.

O número de casos diagnosticados de pessoas infetadas com ‘legionella’, no hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 30, informaram na segunda-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA).

Num comunicado conjunto enviado na segunda-feira à noite, Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) indicaram que até às 20:00 de segunda-feira “foram diagnosticados 30 casos de Doença dos Legionários com possível ligação epidemiológica ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) – Hospital de São Francisco Xavier”, mais um caso do que o anterior balanço.

A DGS e o INSA indicam que os doentes são, na sua maioria, idosos com fatores de risco associados, nomeadamente doenças crónicas graves e hábitos tabágicos.

As duas entidades informam que “está em curso a investigação epidemiológica nas vertentes da vigilância da saúde humana e ambiental, a fim de apurar as circunstâncias que originaram o surto”, tendo sido realizadas vistorias técnicas aos equipamentos e às estruturas “potencialmente associados a fontes de transmissão”, trabalhos que vão “manter-se durante os próximos dias”.

O comunicado refere ainda que está a ser preparado um relatório conjunto da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, DGS e INSA “para esclarecimento da cadeia de acontecimentos que conduziram ao surto”.

No entanto, os procedimentos vão demorar “pelo menos, duas semanas”, tendo em conta a necessidade de realizar “o exame cultural das amostras (ambientais e humanas) e a subsequente avaliação genómica” para apurar a ligação “entre a componente ambiental e a saúde humana”

“A Direção-Geral da Saúde sublinha que a doença se transmite através da inalação de aerossóis contaminados com a bactéria e não através da ingestão de água. A infeção, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo. As medidas de segurança adotadas prevêem-se suficientes para interrupção da transmissão e controlo do surto, e vão continuar a ser monitorizadas”, conclui o comunicado.

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