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Susana Peralta: “Sistema de ensino público já era muito desigual. A pandemia só veio agravar esse fosso”

Com o ensino à distância, agravam-se as condições dos alunos mais carenciados. Falta de luz e de refeições completas ou um espaço próprio para estudar são fatores que contribuem para o agravamento do fosso no ensino público. A economista e investigadora Susana Peralta explica na JE TV como se agravou essa diferença para os alunos mais carenciados.
9 Fevereiro 2021, 10h53

Depois de uma pausa de 18 dias, as aulas à distância arrancaram esta segunda-feira para 1,2 milhões de alunos, mas muitos regressam sem condições para garantir uma aprendizagem justa e eficaz.

Cerca de 300 mil alunos aguardam pela chegada de computadores, e outros esperam pela tarifa social da internet, que só deverá chegar em junho. No entanto, o real problema acontece em casa, com cerca de um quarto dos alunos a viver em condições de vulnerabilidades domésticas.

A economista e professora da Nova School of Business and Economics (Nova SBE), Susana Peralta é uma das autoras do estudo que serviu para retratar a situação atual do ensino em Portugal, que tem como objetivo sensibilizar o Governo para a necessidade de ter alternativas presenciais para os alunos em risco.

“O problema vai muito além dos computadores e da internet. O fosso que já existia piorou. As desigualdades bases que já existiam e no ano de muito ensino em casa, o fosso piorou bastante entre as crianças mais favorecidas e as menos”, reforçou a economista em entrevista à plataforma multimédia JE TV.

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