A fabricante japonesa Toyota revelou na Feira Eletrónica de Consumo (CES2020) a “cidade do futuro” sustentável que planeia construir perto do Monte Fuji. O anúncio realizado na feira por Akio Toyoda, chefe-executivo da fabricante, assumiu que esta vai funcionar com células combustíveis a hidrogénio, tornando-se ainda um laboratório para robótica, inteligência artificial e veículos autónomos.
A cidade apelidada de Woven City vai ter uma dimensão de 70 hectares, sendo que vai ser construída no local onde se situa uma fábrica prestes a encerrar. Assim, este espaço vai ser a casa de investigadores e residentes a tempo inteiro. O nome da cidade ‘Woven’ remete para ‘tecido’, que por sua vez remete para os primórdios da empresa ‘Toyota Automatic Loom’, que fabricava tecidos.
‘Woven City’ é uma cidade-protótipo desenhada pelo arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels, que irá sediar uma comunidade futurista que tem como objetivo reduzir as emissões de dióxido de carbono dos veículos e edifícios e utilizar a tecnologia da Internet nos aspetos quotidianos da vida humana.
A Toyota afirmou que vai contar com duas mil pessoas para testar esta cidade, sendo que estes devem ser trabalhadores da empresa e as suas famílias. Apesar de já ter sido apresentada, a construção de ‘Woven’ deve apenas começar em 2021.
Introducing Toyota Woven City at #CES2020! The town of the future… where people live, work and play. Bringing our vision of #MobilityforAll to life in a living laboratory. Learn more: https://t.co/uoeb2zZ8wu pic.twitter.com/yLlLAEh3kF
— Toyota USA (@Toyota) January 6, 2020
Bjarke Ingels, o arquiteto dinamarquês, é um dos responsáveis máximos por ‘Woven’ mas o seu portefólio tem grandes projetos. A empresa de Ingels foi responsável pela construção do segundo edifício do World Trade Centre, em Nova Iorque, e pelos escritórios da Google em Silicon Valley e Londres.
“Soluções de mobilidade conectada, autónomas, livres de emissões poluentes e partilhadas devem criar um mundo de oportunidades para novas formas de vida urbana”, disse o arquiteto. O chefe-executivo da Toyota, por sua vez, descreveu o protótipo como o seu “campo pessoal dos sonhos”.
Akio Toyoda vai mais longe e assume que “sabemos que se construirmos, eles virão”. “Acredito que cabe a todos nós, especialmente empresas como a Toyota, ajudar a tornar o mundo um lugar melhor”, refletiu, acrescentando que “Woven City é um pequeno, mas espero que significativo, passo em direção ao cumprimento dessa promessa”.
A cidade-protótipo tem como objetivo ser “totalmente sustentável”, com a maioria dos edifícios construídos a partir de madeira para minimizar a pegada de carbono. “Os telhados vão estar cobertos com painéis fotovoltaicos para gerar energia solar, além da energia já gerada pelas células de hidrogénio”.
Com o futuro de inteligência artificial a bater à porta cada vez mais cedo, outro dos objetivos da Toyota é interligar os cidadãos, edifícios e veículos para que estes comuniquem entre si através de dados e sensores. Esta cidade só vai contar com três tipos de via, sendo estas para veículos rápidos, veículos lentos e peões e outra exclusiva para pedestres ‘enfeitadas’ com vegetação.
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