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Tabaco, álcool e excesso de peso responsáveis por metade das mortes por cancro

O mesmo estudo aponta que o número de óbitos masculinos devido a fatores de risco é o dobro dos óbitos registados entre as mulheres
19 Agosto 2022, 16h20

Metade das mortes por cancro registadas no mundo em 2019 devem-se a causas evitáveis, como o tabaco, o consumo de álcool ou o excesso de peso, segundo um estudo publicado hoje pela revista científica jornal ‘The Lancet’ e citado pelo “La Vanguardia”.

Assim, o estudo indica que fatores de risco comportamentais (como uso de tabaco, uso de álcool, sexo de risco e riscos alimentares) foram responsáveis por 3,7 milhões de mortes em 2019.

“Este estudo ilustra que o cancro continua a ser um grande desafio de saúde pública que continua a crescer em em todo o mundo. O tabagismo continua a ser o principal fator de risco para o cancro em todo o mundo, embora existam outros fatores importantes que contribuem”, disse Christopher Murray, diretor do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Escola de Medicina da Universidade de Washington e co-autor do estudo.

Entre 2010 e 2019, as mortes por cancro devido a fatores de risco aumentaram 20,4% globalmente, de 3,7 milhões para 4,45 milhões. A saúde precária devido ao cancro aumentou 16,8% no mesmo período, de 89,9 milhões para 105 milhões. Os riscos metabólicos foram responsáveis ​​pelo maior aumento percentual de mortes por cancro, com um crescimento de 34,7%.

O mesmo estudo aponta que o número de óbitos masculinos devido a esses fatores é o dobro dos óbitos registados entre as mulheres. Quase 2,88 milhões de mortes em homens (50,6% de todas as mortes por cancro em homens) podem ser atribuídas aos fatores de risco estudados, em comparação com 1,58 milhão de mortes em mulheres (36,3% de todas as mortes por cancro em mulheres). Os especialistas justificam a elevada mortalidade entre homens com riscos comportamentais, ambientais e ocupacionais.

As cinco regiões com as maiores taxas de mortalidade por cancro devido a fatores de risco foram a Europa Central (82,0 mortes por 100.000 habitantes), Ásia Oriental (69,8), América do Norte de alta renda (66,0), Centro-Sul (64,2) e Europa Ocidental (63,8).

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