Um Orçamento que não deve ser analisado “a quente”
Albano de Melo, Economista
Apresentado publicamente no tempo certo, o Orçamento do Estado para 2023 assenta, segundo o Governo, em princípios-chave como o reposicionamento do peso dos salários no PIB, o fomento do investimento e da competitividade das empresas, a redução do peso da dívida pública e a mitigação dos graves efeitos do aumento dos “custos energéticos”.
Com efeito, trata-se de um documento bem cauteloso, distribuidor do “quanto baste” (em regra insuficiente) e fortemente ancorado no acordo plurianual celebrado na concertação social (como é tradição a CGTP pôs-se de fora). Aliás, uma vitória política de um...