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Tancos: PGR confirma oito detenções

Operação ”Húbris II” levou à detenção nesta segunda-feira, 17 de dezembro, de oito pessoas por suspeitas de crimes de associação criminosa, furto, detenção e tráfico armas.
17 Dezembro 2018, 10h54

Megaoperação da PJ no centro do país, designada por Operação “Húbris II”, com várias buscas, já resultou na detenção de oito suspeitos de furto do material de Tancos, em 2017.

A Procuradoria Geral da República (PGR) confirma que foram detidas oito pessoas nesta segunda-feira, 17 de dezembro, na sequência de dezenas de buscas na zona Centro e Sul do país no âmbito do caso Tancos. Em causa estão suspeitas de crimes de associação criminosa, furto, detenção e tráfico armas. Nenhum dos detidos é militar.

“No âmbito de inquérito dirigido pelo Ministério Público, coadjuvado pela Polícia Judiciária, e na sequência de diligências hoje desencadeadas, foram efetuadas oito detenções”, avança a PGR em comunicado.

Segundo a PGR, foram também realizadas dezenas de buscas, nas zonas Centro e Sul do país. A “Operação Húbris II” visou capturar os autores do furto do arsenal de guerra, nos paióis do Exército em Tancos, a 29 de junho de 2017.

Neste inquérito Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que é coadjuvado pela Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da PJ, investigam-se as circunstâncias em que ocorreu o furto de material de guerra, entre a noite do dia 27 e a madrugada do dia 28 de junho de 2017, no Paiol de Tancos.

“Em causa estão factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, furto, detenção e tráfico de armas, terrorismo internacional e tráfico de estupefacientes”, acrescenta a PGR, dando conta de que na operação participaram 3 magistrados do Ministério Público e oitenta e cinco investigadores.

Recorde-se que a “Operação Húbris”, que está a investigar este alegado encobrimento, começou em setembro com buscas e detenções entre a hierarquia da Polícia Judiciária Militar — incluindo o então diretor da PJM, coronel Luís Vieira. Na altura, foram ainda detidos elementos da GNR, que teriam colaborado na encenação.

Os detidos serão presentes ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para aplicação das medidas de coação.

 

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