A TAP – Transportes Aéreos Portugueses vai apresentar os resultados do quarto trimestre de 2022 na próxima terça-feira, dia 21 de março, às 7 horas de Lisboa. A informação foi enviada ao final da tarde desta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Mais tarde no mesmo dia, a partir das 16 horas, vai ter lugar uma conference call para apresentação destes dados, onde vão estar presentes a ainda presidente da comissão executiva, Christine Ourmières-Widener e um administrador executivo, Gonçalo Pires. O evento destina-se a a investidores e analistas financeiros.
O Jornal Económico (JE) noticiou, na edição que chegou hoje às bancas, a confirmação por parte de um sócio do escritório de advogados Vieira de Almeida & Associados de que o Ministério das Finanças contactou aquela sociedade com o objetivo de requerer serviços jurídicos relacionados com as conclusões do parecer da IGF que foram invocadas pelo Governo para demitir a CEO da TAP. O mesmo sócio fez saber que, tal como o JE noticiou na semana passada, a VdA entendeu não poder prestar esse serviço.
No terceiro trimestre de 2022, a TAP teve lucros de 111,3 milhões de euros. No entanto, no acumulado até setembro, a empresa registou um prejuízo de 91 milhões de euros, o que pressupõe, ainda assim, uma melhoria de 121 milhões de euros em relação aos níveis pré-pandemia (2019). A penalizar o negócio estiveram sobretudo as disrupções da indústria da aviação, que ainda se fizeram sentir durante esses meses.
Entre julho e setembro do ano passado, a companhia então liderada por Christine Ourmières-Widener teve um recorde histórico de receitas operacionais, que ascenderam aos 1.118,9 milhões de euros, mais do dobro das receitas operacionais contabilizadas no mesmo período de 2021 (657,3 milhões de euros). “A recuperação da atividade afetou a performance operacional das companhias aéreas todo o verão”, explicou a transportadora aérea, no relatório financeiro divulgado em meados de novembro.
Segundo a TAP, estes números levaram a uma superação dos “níveis pré-crise em 7,5%, o que permitiu à companhia alcançar um desempenho financeiro sem precedentes, com um EBITDA [lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização] recorrente de 280,1 milhões de euros e um EBIT recorrente de 152,7 milhões, ambos acima dos níveis pré-crise, apesar do aumento dos custos com combustível”.