Falando durante o debate de um projeto de resolução que recomenda ao governo central que “assegure o fim da discriminação da TAP” em relação à Madeira e ao Porto Santo, o deputado acusou a “geringonça” de, ao reverter a privatização da TAP, não ter garantido que a empresa não se transformava numa “low-cost”.
“A primeira medida que tomaram foi aumentar o salário do presidente da TAP, de 30 para 40 mil euros ao mês”, disse. A proposta social-democrata critica os preços praticados pela TAP nas ligações entre a Madeira e o continente e as várias restrições impostas, o que levou o PSD regional a exigir da empresa “respeito” pelos madeirenses. O deputado critica ainda o facto do presidente da TAP, Fernando Pinto, “nem ter respondido a um pedido do parlamento regional de agendamento de uma audição aprovada por unanimidade”.
Também a oposição criticou a transportadora aérea nacional embora vários deputados tenham acusado o governo Regional de não conseguir atrair mais empresas para a linha aérea e de não ser capaz de alterar as regras do subsídio de mobilidade.
Os preços praticados, a quantidade de voos e o esquecimento de destinos como a Venezuela e África do Sul, onde residem muitos portugueses, foram questões suscitadas de forma crítica pelos deputados regionais.
“Não é legítimo a uma empresa pública ter este tipo de atitudes”, afirmou Rodrigo Trancoso do Bloco de Esquerda.