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TAP fecha acordo com três bancos credores

A TAP conseguiu prolongar o empréstimo de 120 milhões de euros concedido pela CGD, BCP e Novo Banco, até 2022 (uma extensão de sete anos) e uma redução da taxa juro média em 1%.
  • Paulo Whitaker/Reuters
23 Janeiro 2017, 16h49

Tal como avançou o Jornal Económico na sexta-feira, a TAP chegou a acordo com os bancos credores para estender a maturidade do empréstimo de 120 milhões de euros.

O empréstimo que vencia em Novembro deste ano, e que tinha como principais financiadores a Caixa Geral de Depósitos, o Millennium BCP e o Novo Banco, foi objecto de uma extensão da maturidade até 2022 (isto é foi prolongado por 7 anos) confirmou o Jornal Económico.

Hoje o Negócios avançava que o acordo passava por uma extensão do prazo por sete anos.

O acordo prevê também a redução em 1% da taxa de juro média não garantida (estavam a ser cobrados 5%, em média).

A sociedade de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva tem representado estas instituições financiadoras da companhia aérea  – Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco e Millennium BCP.

Neste momento está a ser negociada a dívida com os bancos mais pequenos e deverá estar concluída rapidamente, sendo que o montante em causa desta dívida é muito mais pequeno.

O próximo passo será a Oferta Pública de Venda dos 5% da TAP aos trabalhadores.

Este acordo com os bancos era essencial para a closing da operação de reforço do Estado na TAP para os 50%.

O Estado ficou com 39% da companhia aérea e o consórcio Atlantic Gateway com 61%, negócio fechado no governo anterior, mas já com o actual Executivo foi estabelecido um acordo para um reforço do capital do Estado até aos 50%, com um investimento de 1,9 milhões de euros.

Esta negociação levou ao estabelecimento de um novo acordo parassocial que define que é o Estado a nomear o presidente do Conselho de Administração da TAP SGPS, hoje liderado por Humberto Pedrosa, o sócio português do consórcio privado. O CEO é nomeado pelos privados, bem como toda a Comissão Executiva, e o conselho de administração terá um número paritário de administradores, seis, indicados pelo Estado e pelos privados. O Chairman tem voto de qualidade.

Tal como avançado na sexta-feira a OPV dos 5% da TAP aos trabalhadores tem um tempo estimado de um mês e é a operação mais morosa neste processo. Se os trabalhadores não comprarem na OPV é o consórcio Atlantic Gateway que fica com o remanescente das ações, que assim junta aos 45% de capital que lhe cabe no novo acordo, que foi revisto já pelo actual Executivo de António Costa.

Segundo as nossas fontes o closing da operação só ocorrerá entre março e abril.

Depois do closing da operação, a TAP envia a nova estrutura accionista para a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) que dá o seu aval. Nessa altura haverá a nomeação dos órgãos sociais.

“A TAP não faz qualquer comentário sobre o assunto e nada tem a dizer sobre ele”, disse fonte oficial da companhia aérea.

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