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“TAP pode precisar de assistência do Estado até 2024” para enfrentar perdas acumuladas de 6,7 mil milhões de euros, alerta Pedro Nuno Santos

Só em 2025 é que a TAP terá condições para “começar a devolver o dinheiro injetado pelo Estado”, admitiu esta sexta-feira Pedro Nuno Santos, prevendo que serão necessários cinco anos para que consiga apresentar números positivos, o que faz com que, no pior cenário, “as necessidades de capital da TAP possam atingir os 3,725 mil milhões de euros até 2024”
  • Pedro Nuno Santos
11 Dezembro 2020, 13h46

A TAP poderá ter de ser assistida pelo Estado até 2024 e deverá registar perdas acumuladas de 6,7 mil milhões de euros, alertou Pedro Nuno Santos, durante a apresentação do Plano de Reestruturação efetuada esta sexta-feira de manhã. O plano da TAP seguirá para a fase de negociação com Bruxelas durante o primeiro trimestre de 2021, admitindo, do lado do Estado acionista da companhia, “perdas acumuladas de receita até 2025 no montante de 6,7 mil milhões de euros”, o que poderá fazer com que o Estado tenha de assistir a TAP até 2024”, admitiu o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

“Inevitavelmente, as perdas que decorrem da curva de procura com que estamos a trabalhar exigem que a TAP faça um ajustamento da sua dimensão, para que o peso do apoio público seja menor”, comentou o ministro, recordando que “a TAP recebeu uma ajuda de Estado de 1.200 milhões de euros, comprometendo-se a entregar um plano de reestruturação no prazo de seis meses, que foi enviado para Bruxelas esta quinta-feira, 10 de dezembro”.

Pedro Nuno Santos considera que, pelo Plano de Reestruturação da TAP, “o breakeven operacional será atingido em 2023, algures no ano de 2023, e em 2024 já terá resultado operacional positivo, mas só em 2025 terá condições para começar a devolver dinheiro ao estado português”.

Só em 2025 é que a TAP terá condições para “começar a devolver o dinheiro injetado pelo Estado”, admitiu Pedro Nuno Santos, prevendo que serão necessários cinco anos para que consiga apresentar números positivos, o que faz com que, no pior cenário, “as necessidades de capital da TAP possam atingir os 3,725 mil milhões de euros até 2024”.

No ano seguinte, em 2025, a TAP estará em condições “de devolver algum dinheiro ao Estado português”, embora possa continuar a sentir necessidades de financiamento da companhia durante vários anos, exigindo igualmente o recurso a garantias públicas prestadas para assegurar empréstimos.

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