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TAP. Sindicato quer saber qual a redução de custos prevista para as “negociatas dos leasings”

SITAVA aponta que os custos com o pessoal “são apenas uma parcela e nem sequer a maior” e quer saber o que pretende o conselho de administração e o Governo fazer em relação às “negociatas dos leasings, dos combustíveis, das taxas e comissões, dos fornecimentos externos e tantos outros”.
  • TAP Portugal
14 Dezembro 2020, 12h41

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) considera que a discussão pública em torno do plano de reestruturação da TAP tem estado centrada na redução de trabalhadores e de salários, considerando que deveria ser discutido publicamente como reduzir custos noutras áreas da companhia aérea.

“Foi, portanto, decretado neste final de semana que os trabalhadores da TAP vão passar a ser uma espécie de sem-abrigo a quem os “contribuintes portugueses” por especial favor, vão pagar um salário, que por isso tem que ser pequenino, porque quanto maior for, mais os portugueses têm que pagar. Valeu tudo para ofender a dignidade dos trabalhadores da TAP”, disse o SITAVA em comunicado divulgado esta segunda-feira.

O sindicato considera que os “governantes e o Conselho de Administração mostram alguma dificuldade em manter a serenidade e relacionar-se democraticamente, com os trabalhadores, não poderão ser estes a deixar-se levar pelo desespero, como se as ofensas que fomos ouvindo fossem lei e, pior ainda, que essa lei já estivesse aplicada. Nada disso. Massacraram-nos durante todos estes dias com a parcela dos custos de pessoal. Temos que lembrar que esses custos são apenas uma parcela e nem sequer a maior”.

“Exigimos que os responsáveis, governo incluído, venham a público, para a mesma opinião pública dizer quais as reduções de custos nas outras rubricas, e se lhe cortam com o mesmo desplante, como por exemplo nas negociatas dos leasings, dos combustíveis, das taxas e comissões, dos fornecimentos externos e tantos outros. Ou será que todos esses contratos têm que ser cumpridos e apenas os contratos com os trabalhadores podem ser violados?”, questiona o sindicato.

O plano de reestruturação da TAP prevê um corte de custos com pessoal de 1,4 mil milhões de euros até 2025, revelou na semana passada o ministro das Infraestruturas, confirmando o valor avançado pelo Jornal Económico dias antes.

Pedro Nuno Santos também avançou que o plano “prevê uma redução salarial progressiva até 25% que é muito intenso, mas este corte permite poupar entre 600 a 1.000 postos de trabalho. Se não houvesse este corte salarial, tínhamos de despedir mais pessoas”.

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