[weglot_switcher]

TAP transportou quase metade dos 540 mil passageiros de e para Cabo Verde em 2021

Quase metade dos mais de 540 mil passageiros de voos internacionais de e para Cabo Verde em 2021 foram transportadas pela companhia portuguesa TAP, segundo dados da agência reguladora, compilados hoje pela Lusa.
23 Setembro 2022, 09h56

Quase metade dos mais de 540 mil passageiros de voos internacionais de e para Cabo Verde em 2021 foram transportadas pela companhia portuguesa TAP, segundo dados da agência reguladora, compilados hoje pela Lusa.

De acordo com o recente relatório de regulação de 2021, divulgado pela Agência de Aviação Civil (AAC) de Cabo Verde, os voos internacionais com destino e partida dos quatro aeroportos do arquipélago movimentaram no ano passado 542.488, um aumento de 3,1% face a 2020, mas ainda 70% abaixo do registado em 2019, antes dos efeitos da pandemia de covid-19.

Desse total, a companhia aérea portuguesa TAP transportou 233.799 passageiros, equivalente a 43,1% do total do movimento nos voos de e para Cabo Verde em 2021, seguida do operador turístico TUIfly Germany, com 45.029 passageiros (8,3%) e da açoriana Azores Airlines, com 36.778 passageiros (6,8%).

Apesar de ter dominado o mercado do transporte aéreo internacional cab-verdiano em 2021 – para a Praia, Sal e São Vicente -, a partir de Lisboa, com um aumento de 88% face a 2020, a TAP movimentou apenas cerca de metade dos passageiros face a 2019, antes dos efeitos da pandemia de covid-19.

A presidente executiva da companhia aérea portuguesa, Christine Ourmières-Widener, visitou Cabo Verde em março último e anunciou na altura a retoma dos voos da TAP para a Boa Vista no mês seguinte, dois anos após a interrupção devido à pandemia, tendo ainda traçado a meta de transportar 250 mil passageiros no arquipélago este ano.

“É um mercado muito importante para nós, não apenas pelo tamanho, mas também pela ligação e comunidades entre Portugal e Cabo Verde. A importância do mercado não é só pelas receitas, mas também pela importância das ligações económicas entre os dois países”, disse Christine Ourmières-Widener.

A presidente da TAP, que se reuniu em 10 de março com o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, explicou que o mercado do arquipélago tem um peso inferior a 1% do total de receitas da TAP, mas prevê que o nível de passageiros a transportar seja “um pouco melhor” em 2022, subindo para mais de 250 mil.

Acrescentou que, “ouvindo” os apelos locais, a TAP pretendia “aumentar significativamente” a oferta de lugares para Cabo Verde a partir do verão.

Os voos da TAP para a Praia praticamente não chegaram a ser suspensos durante a pandemia de covid-19, tendo a companhia aérea portuguesa retomado progressivamente os voos para as ilhas de São Vicente e do Sal, esses afetados pela pandemia, e já este ano para a Boa Vista.

Para a administradora, a TAP “tem provado a dedicação e compromisso que tem com Cabo Verde”, apesar das constantes críticas de passageiros do arquipélago, sobretudo dos preços praticados.

“Primeiro porque foi a única companhia aérea que não parou a operação durante a crise [da pandemia de covid-19, para Cabo Verde]. Acho que é uma prova significativa do nosso compromisso com o país”, concluiu.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.