A taxa de poupança das famílias na zona euro situou-se em 13,3% no quarto trimestre de 2021, face aos 15,0% do trimestre anterior, estando agora a aproximar-se dos valores observados imediatamente antes da pandemia de Covid-19, segundo os mais recentes dados do Eurostat. Em simultâneo, a taxa de investimento das famílias aumentou de 9,6% para 9,9%, o valor mais elevado desde o primeiro trimestre de 2009.
“A diminuição da taxa de poupança das famílias na área do euro é explicada pelo aumento do consumo de 0,5% enquanto o rendimento disponível bruto das famílias diminuiu 1,4%”, indica o gabinete de estatística. Por outro lado, o aumento da taxa de investimento das famílias na área do euro é resultado do aumento de 2,2% da formação bruta de capital fixo e pela diminuição do rendimento bruto.
Do terceiro para o quarto trimestre do ano passado, a participação nos lucros das empresas (sociedades não financeiras) na zona euro aumentou de 40,4% para 40,7% e a taxa de investimento empresarial cresceu de 22,9% para 24,0%.
O aumento da participação nos lucros das empresas é explicado pelo crescimento do valor acrescentado bruto das empresas numa taxa mais rápida (+0,9%) do que a remuneração dos empregados (salários e contribuições sociais) mais impostos menos subsídios produção (+0,3%); e o da taxa de investimento empresarial é consequência do aumento da formação bruta de capital fixo das empresas a um ritmo mais rápido (+5,7%) do que o valor acrescentado bruto (+ 0,9%).
Ademais, o Eurostat indica que os picos da taxa de investimento empresarial “estão relacionados com grandes importações de produtos de propriedade intelectual que refletem os efeitos da globalização”.