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Taxa Mista deve ser avaliada no Crédito Habitação, sugere especialista em finanças pessoais

Num contexto de subida da Euribor, optar por uma taxa mista no crédito habitação deve ser uma solução a considerar. Ainda assim, é necessário fazer contas para perceber o impacto que cada regime de juros tem na nossa prestação mensal de crédito e consequentemente no orçamento familiar.
1 Julho 2022, 10h25

Com a subida da Taxa Euribor, o portal “Doutor Finanças”, especialista em finanças pessoais e familiares, sugere que a opção de Taxa Mista no Crédito Habitação e que, neste âmbito, fixar a taxa durante alguns anos “pode ser uma boa opção”.

“Perante o cenário atual, é normal que muitas pessoas tentem encontrar alternativas às taxas Euribor e a taxa mista é, efetivamente, uma alternativa válida a considerar neste momento. Se temos um crédito a decorrer ou estamos a pensar comprar casa, esta poderá oferecer uma maior estabilidade”, adianta Antero Cabral, diretor comercial do “Doutor Finanças” em comunicado.

Assim, num contexto de subida da Euribor, optar por uma taxa mista no crédito habitação deve ser uma solução a considerar. Ainda assim, é necessário fazer contas para perceber o impacto que cada regime de juros tem na nossa prestação mensal de crédito e consequentemente no orçamento familiar.

Taxa Mista: sabe o que é?

A Taxa Mista passa por celebrar um contrato de crédito habitação com uma taxa que se “altera” a determinado momento deste mesmo contrato. No fundo, esta é uma opção para quem pretende beneficiar das vantagens de uma taxa fixa e variável. Desta forma, num crédito habitação, a taxa mista permite ter uma taxa fixa durante o período inicial do nosso contrato, sendo que após este período, o contrato do crédito habitação passa a ser indexado a uma taxa variável.

Imaginando que contratámos um crédito habitação com uma taxa mista, em que nos primeiros 5 anos é aplicada uma taxa fixa, findo este período, a nossa prestação de crédito fica sujeita às flutuações da Euribor, sendo revista de acordo com o prazo da taxa de referência.

O que oferece o mercado?

Neste momento, existem bancos com campanhas promocionais, nas quais oferecem aos seus clientes uma TAN inferior a 1% durante os primeiros anos de contrato. Tendo em consideração que atualmente as taxas Euribor já estão em terreno positivo, um crédito com estas condições é atrativo. Tendo em consideração que atualmente os spreads mínimos praticados em Portugal estão nos 0,85%, um contrato a taxa variável que conte com uma taxa Euribor positiva facilmente supera uma TAN (spread+indexante) de 1%.

De acordo com Antero Cabral, diretor comercial do Doutor Finanças, “normalmente, o cliente procura uma taxa fixa durante a totalidade do contrato (30 anos), muitas das vezes, por desconhecimento das condições que estão a ser praticadas. O trabalho que temos feito passa por explicar as mais-valias de uma maturidade fixa com períodos nunca superiores a cinco anos. Pois se olharmos para a história da Euribor e para os respetivos ciclos económicos, a descida dos juros tende a acontecer em menos de cinco anos”.

Neste período marcado pela subida dos preços de forma generalizada e das taxas de juro, é recomendável que cada um perceba o impacto que o aumento das taxas Euribor pode ter no seu orçamento. O Simulador da Variação da Euribor no Crédito Habitação pode dar uma ajuda para conseguirmos anteciparmos esta evolução.

O que nos diz o histórico da Euribor

É também importante olhar para a história da Euribor para entender melhor o que pode acontecer.

O Doutor Finanças realça ainda que num contrato a taxa fixa, quando queremos amortizar o crédito mais cedo (seja parcialmente, seja na totalidade), pagamos uma comissão de 2% sobre o valor amortizado. Já nos contratos a taxa variável a comissão é de 0,5%. No caso dos contratos a taxa mista, a lógica é a mesma: durante o período de taxa fixa é 2%, a partir desse momento é 0,5%.

“Considerando que, em média, trocamos de casa a cada sete anos, a taxa mista em períodos não superiores a cinco anos é vantajosa”, realça Antero Cabral.

A escolha de uma taxa mista pode ser feita quer por quem está a comprar casa, quer por quem tem um contrato de crédito a decorrer. O essencial é que se analisemos o que está a ser praticado, olhar para a oferta que existe no mercado e avaliar alternativas às condições atuais.

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