A taxa turística prevista para Lisboa vai financiar investimentos que assegurem a sustentabilidade do turismo na cidade, disse hoje o presidente da Associação Turismo de Lisboa (ATL), Fernando Medina.
O responsável, que é também vice-presidente da Câmara Municipal, apresentou hoje, numa conferência de imprensa, os principais resultados do turismo de Lisboa em 2014, assim como os projetos prioritários para 2015.
De acordo com Fernando Medina, “há elementos sobre a taxa turística que estão fechados” e “aprovados”, enquanto “outros aspetos de natureza mais técnica estão em afinação, quer na parte aeroportuária, quer na parte da hotelaria”.
“Aquele que me parece mais importante [entre o que já foi aprovado] é a total consignação das verbas das taxas turísticas aos investimentos que levem à sustentabilidade do produto turístico Lisboa”, disse.
“O elemento talvez mais importante do modelo é criarmos uma fonte de financiamento para os investimentos que se revelem necessários, sejam investimentos físicos sejam investimentos imateriais para mantermos esta dinâmica do setor do turismo”, acrescentou.
Entre os projetos que estão previstos para o corrente ano, o responsável destacou a continuação da reabilitação da frente ribeirinha da cidade, nomeadamente do Cais do Sodré e do Campo das Cebolas, em complemento à intervenção feita no Terreiro do Paço e na Ribeira da Naus, e a criação de acessibilidades assistidas à colina do Castelo.
O balanço de 2014 indica que o número de dormidas de turistas que visitaram Lisboa e a região cresceu 14,8% no ano passado face a 2013, correspondendo a 679,3 milhões de euros.
No que toca aos turistas estrangeiros, o número de dormidas na região de Lisboa em 2014 cresceu 15,4% em relação a 2013, um crescimento superior à média nacional.
Lisboa foi também a cidade europeia que mais cresceu em termos de dormidas e que registou a segunda maior taxa (15,3%) de crescimento de dormidas de estrangeiros na Europa, a seguir a Londres (23,1%).
O turismo de Lisboa destaca que a cidade representa 72% das dormidas da região, que viu a sua oferta em quartos de hotel e de aparthotel crescer 3,2% entre 2013 e 2014, passando para 17.870 quartos.
“Para 2015 estão previstos 20 novos hotéis em Lisboa, o que se traduz num aumento da oferta de 1600 quartos”, destacou a entidade.
Atualmente, segundo a ATL, estão em curso “estudos detalhados dos mercados turísticos da Alemanha, Espanha e Brasil, com o objetivo de aprofundar o conhecimento nestes países, bem como desenvolver e implementar planos de promoção ainda este ano”.
As câmaras da Área Metropolitana de Lisboa, nomeadamente da zona da Arrábida, vão este ano ser chamadas a participar em grupos de trabalho tendo em vista apostas em turismo de natureza, gastronomia e vinhos, turismo equestre, birdwatching e turismo náutico.
OJE/Lusa