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Técnico lidera consórcio europeu para produção de grafeno

O projeto é coordenado por Elena Tatarova do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear, do IST, integra seis parceiros de cinco países e recebeu um financiamento global de quatro milhões de euros.
  • Jose Manuel Ribeiro/Reuters
23 Setembro 2017, 20h00

O projeto, que dá pelo nome de PEGAUS, inicia-se em novembro de 2017, tem uma duração de quatro anos e incentivará a criação de uma nova plataforma europeia para a síntese de materiais. O Técnico lidera o consórcio, tendo como parceiros o Centre National de la Recherche Scientifique (França), o Institut Jozef Stefan (Eslovénia), a Universidade de Kiel (Alemanha), a Universidade de Sófia (Bulgária) e o Charge2C-Newcap Lda (Portugal).

Mas o que é o grafeno?

O grafeno consiste numa folha plana de átomos de carbono formando uma estrutura cristalina hexagonal. É um material revolucionário com infinito potencial para aplicações. Apesar da sua fina espessura, é o material mais forte que se conhece, sendo igualmente um excelente condutor de calor e de eletricidade. Os plasmas são uma amálgama de eletrões, iões, átomos, moléculas e fotões com comportamento coletivo.

“A manipulação deste quarto estado da matéria permite controlar a energia e a matéria à escala atómica, criando uma ferramenta extraordinária para o desenvolvimento de materiais com características inovadoras”, explica o Técnico, em comunicado.

O Técnico vinca a importância estratégica, científica e tecnológica do desenvolvimento de materiais bidimensionais, explicando que o projeto PEGASUS “permitirá definir processos escaláveis de baseplasma para sintetizar folhas autónomas de grafeno e do seu derivado N-grafeno, dopado com azoto”. Estes materiais, obtidos de forma eficiente, pouco dispendiosa e amiga do ambiente, acrescenta, são os candidatos mais promissores para uma nova geração de dispositivos de armazenamento e conversão de energia.

“O PEGASUS está numa posição privilegiada para elevar a competência e a competitividade europeias do domínio estratégico da nanossíntese, contribuindo para o desenvolvimento de uma plataforma de processamento que promove os plasmas como tecnologia essencial, ecológica e altamente controlável, para a criação de novos materiais nanoestruturados, mais eficientes e mais baratos”, explica Elena Tatarova, do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear, unidade de investigação do Instituto Superior Técnico, com o estatuto de laboratório associado nas áreas temáticas de Fusão Nuclear Controlada e Tecnologias de Plasmas e Lasers Intensos.

 

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