Em 2018, o Banco Best registou lucros de 3,6 milhões de euros, o que se traduz num aumento de 18% face ao ano anterior, de acordo com informação avançada pela entidade bancária.
“A subida dos lucros deve-se ao aumento do nível das comissões, em especial no negócio com institucionais e também as mais-valias realizadas com carteira própria”, explicou a CEO do Banco Best, Madalena Torres.
As comissões representaram 54,5% do produto bancário, que integra ainda a margem e ‘outros resultados’, e fixaram-se em cerca de 10,2 milhões de euros, o que se traduz numa variação positiva de 6%.
O produto bancário cresceu 11% em igual período, para 18,6 milhões de euros.
No final do ano passado, os ativos sob gestão fixaram-se nos 2 mil milhões, o que representa uma queda de 7%, em termos homólogos. Dentro destes, os ativos integrados em fundos de investimento ascenderam aos 738 milhões, 16% abaixo do registado em 2017.
No entanto, os saldos médios anuais dos ativos sobre gestão cresceram 3% em 2018 para mais de 2.1 mil milhões de euros. E a média dos ativos em fundos de investimento sob gestão do Banco Best registaram um crescimento de 7% para 843 milhões.
Em termos de eficiência, o desempenho do Banco Best foi melhor em 2018 do que no ano anterior. O rácio cost-to-income, que mede a capacidade do banco em gerar receitas com os seus recursos, desceu 13 pontos base para 69,4%, o que compara com o 70,7% em 2017.
Quanto à solvabilidade do banco liderado por Madalena Torres, o Core Tier 1 fixou-se em 40,3%.
“A liquidez do Best registou um nível muito elevado no exercício de 2018, com um rácio de transformação de depósitos de 25,9%, mantendo-se, assim, este indicador ao nível dos melhores do mercado nacional”, frisou o banco em comunicado.
Questionada sobre a relação do Best com o Novo Banco, Madalena Torres começou por dizer que “o Novo Banco detém direta ou indiretamente a totalidade do capital social do Best”.
Isto permite que o Best possa usufruir “das sinergias inerentes à sua estrutura acionista, mantendo uma estrutura própria, leve e subcontratando ao Grupo Novo Banco um conjunto de serviços de backoffice e outras funções de caráter central onde existam economias de escala na utilização de serviços partilhados”, salientou a CEO.
Aposta na inovação digital
Em 2018, o Banco Best executou uma “forte aposta na inovação”. Desde logo, o Best destacou “a consolidação o processo de abertura de conta por videoconferência”, um processo que “assenta no ADN digital do Best e no duplo propósito de ser uma referência em termos de inovação da banca portuguesa e de assegurar aos clientes soluções de vanguarda que assegurem um acesso fácil e proximidade” à instituição financeira, explicou Madalena Torres.
“Não podemos deixar de referir que o modelo de negócio do Best – assente numa plataforma aberta (…) – é robusto e competitivo a nível internacional”, sublinhou a CEO.
Em relação à banca aberta (open banking), que a diretiva eletrónica dos serviços de pagamentos 2 (PSD2) possibilita, o Best apresentou “a primeira solução de open banking” em Portugal”, em setembro de 2018, antecipando “os serviços que os bancos irão passar a disponibilizar no âmbito da PSD2”.
Através de uma parceria com uma FinTech portuguesa, o Best apresentou ainda um chatbot denominado BEA – Best Eletronic Assistant, uma tecnologia assente em inteligência artificial e “que responde às questões dos utilizadores sobre produtos e serviços e tem capacidade de auto-aprendizagem”.
A tecnologia Blockchain também constituiu uma aposta do Best, que realizou a “primeira operação de subscrição de um fundo estrangeiro em Portugal” assente nesta tecnologia, numa operação tripartida entre o banco liderado por Madalena Torres, o Credit Suisse Asset Management e a plataforma FundsDLT.
Este ano será apresentado o “Robot Advisor” que é “uma solução completamente digital de gestão discricionária de carteiras”, revelou o Best.
https://jornaleconomico.pt/noticias/banco-best-realiza-primeira-operacao-de-transacoes-de-fundos-com-blockchain-em-portugal-417794
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