O administrador-delegado da Teixeira Duarte em Angola garante que a empresa portuguesa vai continuar a investir naquele país, apesar do “enorme esforço” na adaptação ao novo cenário financeiro, provocado pela quebra na cotação internacional do petróleo.
A posição foi assumida por Valdemar Marques, em Luanda, à margem de uma iniciativa da Teixeira Duarte Angola sobre urbanismo, tendo garantido que não está prevista, nesta altura, “nenhuma redução” no número de quadros do grupo no país.
Em áreas como construção, automóvel, hotelaria, imobiliária ou distribuição, o grupo, presente em Angola desde 1979, emprega cerca de 6200 trabalhadores angolanos e mais de 400 expatriados.
“Nós estamos aqui há muitos anos, a nossa aposta é de continuidade e portanto temos feito um grande esforço para continuar a crescer. E iremos fazer um enorme esforço para nos adaptarmos às novas circunstâncias, que queremos acreditar que sejam conjunturais”, disse Valdemar Marques, questionado pela Lusa.
O grupo Teixeira Duarte Angola contou em 2013 com um volume de negócios a rondar os 800 milhões de dólares (706 milhões de euros), enfrentando agora – como todas as outras empresas -, as medidas previstas pelo Governo angolano para compensar a quebra, para metade, das receitas petrolíferas, como a suspensão de obras.
“Uma coisa é certa. Os países não podem viver com aquilo que não têm. Portanto, é melhor que se tomem medidas prudenciais, atempadamente, do que depois criar situações que no futuro podem ser complicadas”, reconheceu Valdemar Marques.
Em Luanda, na área da construção, a Teixeira Duarte concluiu em 2014 o novo edifício da Assembleia Nacional, que aguarda inauguração oficial, sendo esta uma obra avaliada (em 2010) em 185 milhões de euros.
“Nós acreditamos no país, acreditamos no mercado, acreditamos nos angolanos e vamos continuar a investir em Angola”, enfatizou o administrador-delegado da Teixeira Duarte Angola.
OJE/Lusa