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Telemóveis vão ser proibidos nas escolas. França prepara “desintoxicação”

Ministro da Educação fala em “medida de desintoxicação” para combater a distração na sala de aula, o bullying e controlar os roubos.
7 Junho 2018, 15h30

O governo francês está a preparar a proibição do uso de telemóveis nas escolas a nível nacional, numa medida que o ministro da Educação francês, Jean-Michel Blanquer, apelidou de “desintoxicação” para combater a distração nas salas de aulas e o bullying.

A medida, que está em análise na assembleia da República vem combater aquilo que os seus defensores consideram ser um veículo de propagação do cyber-bullying, de acesso à pornografia e de corte da capacidade dos jovens de interagir socialmente. Roubos de telemóveis, extorsão e obsessão com as marcas da moda também fazem parte do alinhamento que a medida de proibição pretende combater.

O objetivo do governo é que a lei seja aprovada rapidamente, a tempo de conseguir que as escolas alterem as suas diretrizes e imponham a proibição no início do próximo ano, já em setembro, sob pena de o seu efeito ficar colocado em causa.

Para o dirigente do sindicato dos diretores de escolas Philippe Vincent, a medida não implica uma grande mudança, uma vez que metade das escolas já proíbem o uso do telemóvel nas aulas ou na totalidade ou parte do tempo de recreio. A nova lei deixa às escolas a decisão sobre como querem aplicar a proibição.

Refira-se que, segundo a imprensa francesa, mais de 90% das crianças com mais de 12 anos têm telemóvel. Uma proposta que pretendia alargar a proibição aos adultos – tanto pessoal auxiliar como professores – não vai ser aprovada, segundo o executivo de Emmanuel Macron, até porque isso implicaria uma quebra nos mecanismos mais básicos de segurança.

Reino Unido e a Irlanda já promoveram debates sobre esta matéria, sendo que provavelmente irão avançar para a criação de leis do género.

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