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Temperaturas voltam a baixar na próxima semana

A nebulosidade, o vento e as temperaturas abaixo dos 30 graus Celsius, exceto no Algarve e interior do Alentejo, vão continuar pelo menos até meados da próxima semana, disse à Lusa a meteorologista Maria João Frada.
20 Julho 2018, 08h41

“Vamos continuar com nebulosidade a norte do Cabo Espichel e muita nebulosidade a sul do rio Douro no interior Norte e Cento e Alentejo, que tende a dissipar ao longo da manhã [de hoje]”, disse a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com Maria João Frada, a partir do final da manhã de hoje está prevista uma intensificação do vento no litoral e nas terras altas com rajadas da ordem dos 60 quilómetros por hora.

“Quanto às temperaturas, hoje não há alterações significativas relativamente ao dia de ontem [quinta-feira]. Vamos ter máximas abaixo dos valores normais para esta altura do ano: entre os 23 e os 26/27 graus, sendo mais elevadas no interior do Alentejo e na costa sul do Algarve”, destacou.

No que diz respeito ao fim de semana, não são esperadas alterações relativamente ao dia de hoje, prevendo-se apenas uma diminuição da intensidade do vento.

“Vamos continuar a ter nebulosidade matinal no litoral oeste que poderá persistir no domingo a norte do Cabo Raso. Está prevista até a possibilidade de chuvisco a norte do Cabo Raso. Na costa sul do Algarve vai estar céu limpo com temperaturas máximas entre os 27 e os 30 graus”, disse.

Segundo a meteorologista do IPMA, esta é uma situação atípica para o verão sobretudo pela persistência.

“Estamos nisto todo o verão basicamente e grande parte da primavera. Esta situação deve-se ao posicionamento do anticiclone dos Açores que tem estado numa posição a oeste do arquipélago. Habitualmente está nesta posição (…) mas mais a leste do que está agora e às vezes mais intenso, estendendo-se em crista até ao Europa Central ou mesmo golfo da Biscaia e dá origem a correntes de leste. Este ano as correntes de leste não se têm verificado”, explicou.

A meteorologista lembra que este verão verificaram-se apenas um ou dois dias de calor, mas tirando isso “são sempre as correntes de oeste com entrada de ar marítimo”.

“Quando o anticiclone dos Açores está posicionado a oeste do arquipélago faz com que no Atlântico ocorram depressões, vales nos níveis mais altos da atmosfera, depressões que trazem ar marítimo que dão origem à nebulosidade e a situações de instabilidade como as que têm ocorrido no Norte e Centro com aguaceiros, trovoada e granizo”, salientou.

Segundo Maria João Frada, esta situação costuma ocorrer no verão mas por três ou quatro dias, mas depois passa quando vem uma corrente de leste.

“Não é possível prever quando a situação vai mudar. Pelo menos até meados da próxima semana não deve haver alterações significativas. Talvez no final da semana haja uma subida da temperatura, mas pode mudar até lá”, disse.

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