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Tempestade Ana obriga a desvio de dois aviões de Vigo para Madrid

Tempestade deverá afetar oito distritos portugueses, que se encontram sob alerta vermelho. A EDP emitiu, entretanto, um comunicado onde afirma que colocou o norte do país em alerta.
10 Dezembro 2017, 13h54

A primeira tempestade (que assumiu o nome de Ana) a chegar este ano à costa oeste da Península Ibérica e afetará grande parte da região e das Ilhas Baleares com ventos muito fortes e chuvas abundantes, já obrigou ao desvio de dois aviões que deviam aterra em Vigo para os aeroportos de Madrid, segundo avança o jornal ‘El Pais’

A tempestade obrigou a colocar em alerta vermelho oito distritos portugueses – que deverão sentir os efeitos da tempestade ao longo da tarde de hoje. A tempestade deverá entrar em Portugal pelo norte, depois de interferir nos territórios da Galiza.

Para já, não há notícias de qualquer ocorrência em território nacional. No Porto, que faz parte da ‘zona vermelha’ avançada pelo Instituto do Mar e da Atmosfera, nem sequer começou já a chover. O mar mantém-se agitado mas não ainda com as ondas que provavelmente irão afetar algumas das artérias mais próximas das águas.

Com o alerta mais grave estão os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro, Coimbra, Viseu e Guarda, os restantes distritos estão em alerta laranja, e nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, “não se prevê nenhuma situação meteorológica de risco”.

Nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro e Coimbra, prevê-se vento forte, que pode atingir os 120 quilómetros por hora, aguaceiros, com períodos de chuva forte, possibilidade de queda de neve acima dos 800 metros de altitude e, na costa, ondas de “altura significativa”, podendo atingir os 10 metros.

Nos distritos de Vila Real, Viseu e Guarda, previsões idênticas, com vento forte, que pode atingir os 130 quilómetros por hora, aguaceiros, com períodos de chuva forte, e possibilidade de queda de neve acima dos 800 metros de altitude.

Nestes oito distritos está também prevista neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais.

No restante território continental, o IPMA mantém o alerta laranja, com previsão de chuva e vento fortes, queda de neve e agitação marítima.

Entretanto, a EDP Distribuição declarou hoje o estado de alerta para as regiões a norte do Rio Tejo, devido à tempestade Ana, podendo a empresa adotar idêntica medida ao longo do dia para todo o território de Portugal continental.

A decisão, em vigor desde o início desta tarde e tomada ao abrigo do Plano Operacional de Atuação em Crise, surge na sequência do aviso da ocorrência de condições meteorológicas adversas, em particular rajadas de vento e chuva forte, que podem afetar de forma significativa o regular abastecimento de energia elétrica.

“A empresa garantiu reforço das equipas operacionais no território, tendo por outro lado sido suspensas, ou reduzidas ao mínimo, todas as atividades de rotina e programadas. Está também concluída a verificação da localização e acessibilidade de recursos em reserva nomeadamente viaturas, geradores, subestações móveis, além de materiais a utilizar para reposição rápida de redes que possam vir a ser afetadas”, refere a EDP, em comunicado citado pela Agência Lusa.

A EDP Distribuição acrescenta que se mantém em estreita articulação com as estruturas locais e nacionais de Proteção Civil, bem como em ligação permanente ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para garantia de informação atualizada.

O IPMA colocou hoje oito distritos do continente em aviso vermelho a partir do final do dia por vento muito forte, com rajadas superiores a 130 quilómetros/hora nas terras altas.

Em comunicado, o IPMA explica que este aviso, para os distritos de Viseu, Porto, Guarda, Vila Real, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Braga, está válido entre as 19:59 de hoje e a 01:59 de segunda-feira.

Já numa nota colocada no seu ‘site’, aquele instituto explica que o vento irá intensificar-se durante o dia de hoje, “tornando-se forte de sudoeste, com rajadas até 110 quilómetros/hora, e podendo chegar a 130 quilómetros/hora nas terras altas do norte e centro até ao início da manhã”.

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