Terramoto na Turquia: ministro promete punição por negligência

O ministro Bekir Bozdag disse que serão tomadas medidas para punir os que se podem tornar responsáveis pela devastação induzida pelos terramotos que assolaram o país. Falhas nas construções serão um dos alvos.

O ministro turco da Justiça, Bekir Bozdağ, prometeu que irá tomar medidas contra as eventuais negligência e falhas que motivaram uma tão terrível mortandade no país na sequência dos terremotos que assolaram o território há poucos dias. Milhares de prédios desabaram, levantando questões sobre os padrões de construção, referem os jornais turcos.

“A nossa prioridade é salvar o nosso povo preso sob os escombros. Em seguida, o processo judicial continuará. Os que cometeram negligência serão responsabilizados”, disse o ministro, que se encontrava na província de Diyarbakır, no sudeste da Turquia, uma das zonas mais afetadas pelos sismos.

O ministro estava num local propício a dar o exemplo. Face a sete prédios das imediações que desabaram – um deles estava vazio, Bozdag disse: “São 184 apartamentos nestes seis prédios. Até agora, 254 dos nossos cidadãos foram evacuados dos escombros. Infelizmente, 133 deles faleceram enquanto 121 deles foram resgatados com vida. Alguns deles já receberam alta do hospital e outros ainda estão sob tratamento. Ainda não conseguimos chegar aos outros porque a operação de resgate ainda está em andamento”.

Por seu turno, o presidente Recep Erdogan chegou a Kahramanmaraş, onde assumiu uma postura menos persecutória que o seu ministro. “Os nossos cidadãos não devem preocupar-se; nunca permitiremos que fiquem na rua”, disse, destacando que as vítimas do terremoto podem ficar em hotéis contratados nas províncias de Antalya, Alanya e Mersin.

O presidente disse que a Autoridade de Gestão de Emergências e Desastres (AFAD) liderou os esforços em cooperação com os municípios locais, e todas as agências governamentais relevantes estavam trabalhando para responder às consequências do desastre.

E observou que todos os ministros do gabinete estão em áreas atingidas pelo terremoto e coordenando esforços pessoalmente. Erdogan reconheceu que houve “alguns problemas” na resposta à tragédia no primeiro dia, tal como sucedeu com estradas e aeroportos. Alguns “problemas menores” relacionados com o abastecimento de combustível para as áreas atingidas pelo desastre também foram sentidos.

O presidente prometeu “operações habitacionais em massa” a serem lançadas nas 10 províncias atingidas já este ano, “assim como fizemos em outras províncias onde passamos por desastres”. Após os terremotos de Elazıg e Malatya em 2020, a Turquia construiu milhares de casas para os sobreviventes que perderam as suas casas e entregou-as em três anos, segundo recorda a imprensa turca.

Recomendadas

Ministério Público confirma dezenas de detidos na investigação à petrolífera venezuelana

O Ministério Público diz que se trata de um dos “mais espalhafatosos dos últimos anos, que infelizmente vincula funcionários do Estado venezuelano e empresários (…) que beneficiam com a corrupção, e até jovens”, e que “foi detetada uma rede de funcionários que, aproveitando-se das suas posições e níveis de autoridade, procederam a realizar operações petrolíferas paralelas às da PDVSA (…) acreditando que não seriam descobertos, através da Superintendência de Cripto-ativos (Sunacrip) e do carregamento de petróleo em barcos, sem controlo administrativo ou garantias, em violação dos regulamentos de contratação necessários para o efeito”.

PremiumJakov Milatovic: a esperança da UE para o Montenegro. Ou talvez não

Tem um currículo que impressiona qualquer governo europeu: passagens académicas pela Illinois State University, pela Universidade de Economia e Negócios de Viena (como bolseiro do governo da Áustria), pela Universidade Sapienza, de Roma (como bolseiro da União Europeia) e mestrado em Economia na Universidade de Oxford.

Lula da Silva adia viagem à China por recomendação médica

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, adiou a viagem que faria à China como Chefe de Estado na próxima semana por indicação médica, segundo comunicado divulgado hoje pelo Governo brasileiro.
Comentários