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Tesouro aumenta oferta de obrigações para o retalho para 1.300 milhões de euros

O IGCP comunicou esta terça-feira o aumento do valor da emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável para mais do dobro do montante inicial.
  • D.R.
21 Novembro 2017, 19h38

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, o IGCP, aumentou a oferta de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) para mais do dobro do montante inicialmente lançado. A oferta do instrumento do Estado para aforradores particulares é agora de 1.300 milhões de euros, em comparação com os 500 milhões de euros que a agência previa há menos de duas semanas.

“Informa-se que o Conselho de Administração do IGCP, E.P.E. decidiu aumentar o valor nominal global da emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável denominada “OTRV DEZEMBRO 2022” para 1.300.000.000,00 euros (mil e trezentos milhões de euros)”, explicou a agência em comunicado, acrescentando que a possibilidade estava já prevista.

Esta é a sexta emissão emissão de OTRV, sendo que estas têm maturidade em dezembro de 2022. O juro é pago semestralmente a 5 de junho e 5 de dezembro de cada ano e é calculado a uma taxa de juro variável e igual à Euribor a 6 meses acrescida de 1,1%, segundo o IGCP.

No entanto, é a menos rentável de sempre e, pela primeira vez, a Deco desaconselha a subscrição, como explicou em entrevista ao Jornal Económico. “Não recomendamos a subscrição. Aliás, é a primeira emissão de OTRV que não recomendamos”, explicou o economista da Deco Proteste Investe, António Ribeiro. “É a sexta e o rendimento tem vindo sempre a decrescer: é bastante baixo e proporciona um rendimento líquido de 0,8%”.

As OTRV foram criadas pelo Estado em março de 2016, altura em que a taxa de juro bruta era de 2,2%, tendo caído em agosto desse ano para 2,05% e em novembro para 2%. Este ano, em abril, o IGCP oferecia 1,9% e em julho 1,6%. Ainda assim, em todas as anteriores emissões a taxa de juro bruta foi superior à da nova emissão.

“Depois há outro fator: a subscrição destes instrumentos é paga e as comissões dependem do preçário de cada banco”, lembrou o economista. A rentabilidade das obrigações é medida retirando o valor dos impostos (28%) e das comissões, que são estabelecidas pela instituição financeira e fixas, o que significa que acaba por ser, proporcionalmente, mais caro investir menos.

Ainda assim, a subscrição é possível até dia 28 de novembro. O mínimo de subscrição por investidor, referente a uma OTRV, é de mil euros, enquanto o máximo é de um milhão de euros, ou mil OTRV. As ordens têm de ser transmitidas em múltiplos de mil euros e subscritas junto de uma instituição de crédito.

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