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Theresa May acredita que vai continuar a liderar o Reino Unido

Primeira-ministra britânica está convicta de que vai manter-se no cargo, depois de desvalorizar as especulações de que poderia ser forçada a sair dentro de algumas semanas por causa do acordo pelo Brexit.
  • Dylan Martinez/REUTERS
2 Dezembro 2018, 11h20

Theresa May está convicta de que não vai deixar o cargo de primeira-ministra britânica, tendo desvalorizado as especulações de que poderia ser forçada a sair dentro de algumas semanas, referindo que há “muito mais para eu fazer” como primeira-ministra do Reino Unido, segundo revela o “Financial Times” este domingo.

O acordo Brexit de Theresa May sofreu outro golpe este fim de semana, quando Sam Gyimah, ministro das universidades, renunciou ao cargo, assumindo que o acordo com Bruxelas era “ingénuo”. A esmagadora maioria dos deputados deixou claro que votará contra o acordo, uma eventualidade que prejudicará gravemente a posição política de Theresa May.

Em declarações no final da cimeira do G20 em Buenos Aires, a primeira-ministra recusou-se a dar detalhes dos seus planos se perder a votação. “Os próximos nove dias são realmente importantes para o nosso país, levando à votação deste acordo”, referiu aos jornalistas. “Irei conversar com os membros do parlamento, obviamente, e explicar-lhes porque acho isso um bom negócio para o Reino Unido”.

Theresa May alertou para a “incerteza” se perder a votação a 11 de dezembro. Shinzo Abe, primeiro-ministro japonês, pediu diretamente numa reunião no sábado que não permitirá que o Reino Unido deixe a União Europeia sem um acordo com Bruxelas.

“Eu gostaria de pedir mais uma vez o seu apoio para evitar qualquer acordo, bem como garantir transparência, previsibilidade e estabilidade legal no processo Brexit”, afirmou Shinzo Abe. Theresa May não deu tal garantia, dizendo que “nenhum acordo” e “nenhum Brexit” são possibilidades, embora tenha alertado sobre o choque negativo de um não-acordo Brexit.

A viagem de Theresa May ao G20 foi marcada pela sua procura por acordos pós-Brexit, com países como Austrália e Japão, e pela sua decisão em conversar com o príncipe saudita Mohammed bin Salman, apesar das dúvidas sobre o seu envolvimento no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.

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