A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, terá dito esta quarta-feira que tenciona deixar o cargo antes das eleições legislativas de 2022. A informação foi avançada pelo deputado Alec Shelbrooke do Partido Conservador e confirmada por outros parlamentares, numa altura em que a líder britânica enfrenta uma moção de censura interna.
Theresa May “disse que não tinha a intenção de conduzir [o Partido Conservador] nas eleições de 2022”, revelou Alec Shelbrooke, à imprensa britânica. Esta manhã, Theresa May anunciou, em conferência de imprensa, não se vai demitir, tendo em conta que uma mudança na liderança iria comprometer o processo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
“O novo líder apenas tomaria posse a 21 de janeiro, a data legal para o efeito, e, por isso, com essa mudança arriscamos perder o controlo do Brexit para a oposição no Parlamento”, afirmou. “Uma mudança na liderança apenas nos dividiria mais, quando precisamos manter-nos juntos. Nada disso seria do interesse nacional”, afirmou a primeira-ministra britânica esta manhã.
A votação da moção de censura está agora a decorrer e deve terminar por volta das 20h00. O presidente do grupo parlamentar do partido na Câmara dos Comuns (comité 1922), Graham Brady, confirma que mais de 48 deputados do partido terão enviado cartas ao comité, expondo a sua contestação face à forma como a primeira-ministra britânica tem liderado as negociações do Brexit.
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