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“Tipicamente, este Governo tende a adotar políticas de remendos”, diz Campos e Cunha

Com os juros a subir e a inflação em níveis recorde na zona euro, Luís Campos e Cunha realça o impacto de decisões políticas nas perspetivas económicas globais e nacionais, em particular no capítulo da guerra. Para este ano, a expectativa continua num bom crescimento português.
22 Julho 2022, 13h00

Tem havido alertas quanto aos possíveis “efeitos dramáticos” do aumento da inflação. Está preocupado com a escalada do aumento dos preços?

Estou preocupado com o comportamento das instituições face a este aumento de preços. Na linguagem comum, fala-se de inflação cada vez que os preços sobem, mas às vezes há inflação sem preços subirem ou subidas de preços que não são inflação. E não é fácil distinguir na prática. Houve um conjunto de preços que subiram e têm que subir na consequência da pandemia. Houve circuitos internacionais de comercialização que foram afetados. Isso leva ao aumento dos preços. Houve subidas do preço da energia que também levam ao aumento da inflação. São choques do lado da oferta que levam a aumentos dos preços. Dói como se fosse inflação, mas não são inflação no sentido próprio do termo, e obviamente não exige nenhuma resposta do BCE, porque, não sendo inflação, não é uma questão se os bancos centrais controlam a procura agregada. (…)

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