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“Toda a vida tem dignidade”, 14 mil assinam petição contra a eutanásia

A petição quer contrariar a proposta do Bloco de Esquerda e do PAN para legalizar a morte medicamente assistida, que irá ser discutida a 1 de fevereiro.
25 Janeiro 2017, 13h56

“Toda a vida tem dignidade” é o titulo da petição subscrita por 14 mil pessoas e que pretende por fim às discussões sobre a eutanásia, propondo a rejeição da legalização da morte medicamente assistida em Portugal.

Esta petição, entregue hoje no Parlamento, sustenta que “a eutanásia é sempre um homicídio apoiado pelo Estado” e que “a este não cabe criar o direito de alguém ser morto por outrem”.

Gentil Martins, ex-Bastonário da Ordem dos Médicos, Filipe Anacoreta Correia, deputado do CDS, Sofia Galvão, vice-presidente do PSD, Bagão Félix, antigo ministro e deputado do CDS, Manuela Ferreira Leite, antiga presidente do PSD e o selecionador nacional Fernando Santos são alguns dos signatários da petição pró-vida.

O objetivo deste projeto é garantir a proteção da vida humana e eliminar a possibilidade de qualquer “proposta que vá no sentido de conferir ao Estado o direito a dispor ou apoiar a eliminação de Vidas Humanas, ainda que com o alegado consentimento da pessoa”, segundo a petição.

Uma proposta do Bloco e PAN para legalizar a morte medicamente assistida vai ser discutida na próxima semana na Assembleia da República. A apoiar esta proposta, oito mil pessoas já assinaram a petição “Direito a morrer com dignidade”, defendendo que os portugueses ou residentes em território nacional possam optar pelo uso da eutanásia, desde que sejam maiores de idade e portadores de uma lesão definitiva e incurável, ou doença fatal, estando por essas razões numa condição de sofrimento constante.

Não é possível estimar o resultado da votação da Bloco e do PAN pois, tanto o PS como PSD deram liberdade ideológica de voto aos deputados. A posição do PCP neste tema é também ainda desconhecida.

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