Numa altura em que a rede social Facebook está debaixo de fogo por permitir a publicação de conteúdos violentos, a revelação deste domingo de milhares de páginas de documentos internos sobre a política adotada pela empresa veio incendiar ainda mais os ânimos. O Facebook defende que nem todos os vídeos violentos ou imagens chocantes devem ser censurados e alguns deles podem ser usados como forma de alertar e criar consciência na sociedade.
Nos documentos, a que o jornal britânico ‘The Guardian’ teve acesso, os responsáveis pelo Facebook salientam que, embora possam ser perturbadoras, há imagens que devem ser mantidas online. É o caso de vídeos ou fotografias de violência ou mutilação, que podem continuar a circular na rede social se existir a “oportunidade de ajudar a pessoa”.
A empresa argumenta que não censura ou castiga quem está em perigo e que esta medida preventiva pode chamar à atenção para casos de crimes de guerra, distúrbios mentais e sofrimento dos participantes nos vídeos. O mesmo acontece com imagens de abusos de crianças, pornografia ou nudez que não têm necessariamente que ser apagados. Só o serão se houver sadismo ou se forem mostradas como forma de celebração.
No entanto, a empresa considera que os conteúdos mais chocantes devem ficar escondidos das crianças e mesmo os adultos devem ser confrontados com a possibilidade de os ver ou ignorar.
“O Facebook não é uma empresa de tecnologia tradicional. Não é uma empresa de media tradicional. Construímos tecnologia e sentimo-nos responsáveis pela forma como ela é usada”, explica Monika Bickert, diretora de gestão das políticas globais do Facebook.
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