Portugal vai ao mercado para emitir obrigações a médio e longo prazo
Na próxima quarta-feira, o IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública realiza dois leilões de Obrigações do Tesouro a 10 e 28 anos. O montante indicativo é entre 750 milhões e mil milhões de euros em OT das linhas com maturidades em abril de 2027 e em fevereiro de 2045, esta última sendo uma linha a longo prazo que o Tesouro não emite desde janeiro de 2015.
A segunda semana do mês também apresenta dados económicos importantes, com o Instituto Nacional de Estatística a divulgar os números do Comércio Internacional (relativos a maio, na já na segunda-feira), o Índice de Preços no Consumidor (de junho, na quarta-feira), e os valores da Atividade Turística (de maio, na sexta-feira).
Europa: Dados e malparado em foco
Na zona euro, a semana começa com uma reunião do Eurogrupo na qual os ministros das Finanças vão continuar a discussão sobre os quadros de insolvências no bloco, desta vez com enfoque nas práticas de supervisão e os quadros jurídicos nacionais relacionados com o crédito malparado. “Quadros de insolvências que funcionem bem são indispensáveis para a rápida e eficiente redução do peso da dívida e para a melhoria da capacidade dos bancos de estender crédito à economia”, refere o Eurogrupo na nota de agenda, adiantando que a reunião dá seguimento a uma cimeira em novembro de 2016 na qual os ministros analisaram os desempenhos dos estados-membros na redução do malparado.
No campo dos dados, são divulgadas as taxas de juro a três meses praticadas na zona euro e ainda as yields das obrigações a longo prazo na quarta-feira, enquanto a semana termina com a apresentação, pelo Eurostat, da balança comercial de bens, em versão preliminar e relativa a maio.
Yellen na Comissão de Serviços Financeiros
No outro lado do Atlântico, o principal evento da semana deverá ser o depoimento de Janet Yellen na Comissão de Serviços Financeiros da Casa dos Representantes, que inicia na quarta-feira e conclui no dia seguinte. A presidente da Reserva Federal deverá discursar sobre as recentes decisões na política monetária e o estado da economia norte-americana, mas os analistas refere que Yellen terá também de responder a perguntas dos membros da comissão sobre o plano de banco central para reduzir o balanço, as políticas económicas da administração Trump e outros assuntos.
Antes e depois das respostas de Yellen o foco vai estar nos dados da inflação, indicador económico que, conjuntamente com a sustentabilidade do emprego, constitui o mandato da Fed. A estimativa da inflação de maio é apresentada na segunda-feira, com os números finais divulgados na sexta.
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