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Topo da agenda: o que não pode perder na economia e nos mercados esta semana

Visita oficial do presidente chinês a Portugal irá centrar as atenções dos investidores na próxima terça-feira e quarta-feira. Na agenda internacional, destaque para a reunião da OPEP, em Viena, nos dias 6 e 7, após um último mês de fortes quedas no ‘ouro negro’.
3 Dezembro 2018, 07h40

A reação dos mercados na ‘ressaca’ do G20

A reunião do G20, na passada sexta-feira e sábado, provocou o encontro entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, e resultou num alívio da tensão entre os dois países. Os EUA e a China comprometeram-se com ‘tréguas’ de 90 dias na guerra comercial, com Donald Trump a adiar a entrada em vigor do aumento tarifário às importações chinesas. O efeito do anúncio deverá sentir-se nos mercados, até então céticos sobre um ‘cessar-fogo’.

No entanto, as atenções continuam centradas na relação entre os EUA e a Rússia, após Donald Trump ter cancelado a reunião com Vladimir Putin na cimeira em Buenos Aires, depois da Rússia ter confiscado a 25 de novembro, três navios da marinha ucraniana e as suas tripulações.

Presidente chinês visita Portugal com vários temas na agenda

O presidente Xi Jinping estará em Portugal dia 4 e 5 de dezembro, para uma visita de dois dias, onde irá reunir com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e com o primeiro-ministro António Costa. Numa altura em que os investimentos chineses em áreas estratégicas da economia portuguesa se encontram num impasse, nomeadamente a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a EDP, os temas da energia deverão estar na agenda.

Num artigo publicado este domingo no Diário de Notícias, o presidente chinês referiu que China e Portugal estão numa fase crucial do seu desenvolvimento, devendo a visita servir para reforçar o crescimento das trocas comerciais entre os dois países e a criação de novos pontos de crescimento para a cooperação nas áreas automóvel, novas energias, finanças, construção de portos e terceiros mercados.

Há mais uma sequela no divórcio para o Brexit 

O governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, discursa esta terça-feira no Parlamento britânico, a poucos dias da votação do acordo para o Brexit alcançado entre Theresa May e a União Europeia. O discurso de Mark Carney é especialmente aguardado pelos investidores depois de no último relatório da instituição, em novembro, ter previsto um cenário difícil para o país, caso deixasse a União Europeia sem um acordo de transição, estimando uma depreciação da libra de 25% e um aumento da inflação para 6,5.

Com mercados expectantes sobre nova subida juros, Powell volta a discursar 

O discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, provocou um ‘rally’ em Wall Street, com as ações dos principais índices norte-americanos a dispararem na última quarta-feira. Os investidores reagiram positivamente ao tom de Powell que reforçou a expectativa que o banco central irá avançar com uma nova subida das taxas de juro na reunião de 18 e 19 de dezembro. Esta quarta-feira, dia 5, o líder da Fed volta a discursar, desta vez no Congresso norte-americano sobre o ‘outlook’ da economia norte-americana.

Os investidores estarão particularmente atentos ao tom do discurso de Powell, o que poderá reforçar a expectativa que o banco central avance com a terceira subida das taxas directoras este ano. Ainda esta semana, a marcar a agenda estará a publicação na quinta-feira do Livro Bege da Fed e na sexta-feira a divulgação dos dados sobre o emprego nos EUA.

Depois de um mês de fortes quedas no preço do petróleo, OPEP reúne em Viena

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reúne esta quinta e sexta-feira, dia 6 e 7 de dezembro, tendo na agenda a estratégia para 2019. Entre os pontos da agenda, estará se a organização irá avançar com cortes na produção do petróleo, após a Rússia ter dados sinais de estar reticente a votar favoravelmente.

O encontro realiza-se após um mês de novembro tumultuoso no mercado petrolífero, com o braço de ferro entre a Arábia Saudita e os Estados Unidos. A Arábia Saudita, o maior produtor mundial de petróleo, anunciou que iria reduzir a produção diária de petróleo para reajustar a oferta à procura, mas o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já sinalizou esperar que a OPEP não diminua a produção.

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