Segunda-feira, 6 de junho
Evento em destaque: Xangai volta à atividade depois de confinamento de dois meses
A política ‘Covid zero’ do governo chinês tem criado preocupações a nível global pelo seu impacto no comércio global, particularmente quando os confinamentos em massa são decretados em cidades portuárias ou no centro financeiro do país e do continente, Xangai. Depois de dois meses em lockdown, os 22 milhões de habitantes da cidade podem voltar a alguma normalidade, o que levará a um aumento da procura global por petróleo e um provável acréscimo da pressão nos preços do ‘ouro negro’, e os números do final da semana sobre a balança comercial e a inflação na segunda maior economia mundial darão alguma luz sobre as perspetivas económicas chinesas.
Outros eventos em foco:
- China: PMI dos serviços em maio
Terça-feira, 7 de junho
Evento em destaque: Conselho Económico e Social ouvido na Comissão de Orçamento e Finanças
Depois do parecer positivo à proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), que também foi aprovada no parlamento pela maioria socialista e as abstenções dos deputados do Livre, PAN e PSD-Madeira, os parceiros sociais vão ao parlamento no âmbito da apreciação da Conta Geral do Estado do ano passado. O debate focar-se-á, portanto, no passado recente, embora a Concertação Social tenha estado no foco na passada semana pela falta de acordo quanto à chamada “agenda do trabalho digno”.
Outros eventos em foco:
- INE publica Índice de Custos de Construção Habitação Nova em abril
- Audição da Presidente da Comissão Executiva e do Presidente do Conselho de Administração da TAP na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação
- Alemanha: Encomendas industriais em abril
- EUA: Balança comercial em abril
Quarta-feira, 8 de junho
Evento em destaque: Números semanais dos inventários de petróleo americanos
Com o embargo parcial europeu ao petróleo e derivados russos, o petróleo viu renovada a pressão que tem levado o barril a subir mais de 50% desde o início do ano. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) concordou em subir o ritmo dos aumentos mensais de produção na semana passada, mas o incremento é reduzido e a capacidade de reserva, que já era baixa, vai preocupando os mercados, criando maior pressão para subidas. A juntar a isto o regresso da atividade na China, o preço do barril deve continuar a subir durante mais algumas semanas.
Outros eventos em foco:
- INE publica Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Indústria em abril
- BdP publica Emissões de Títulos de Dívida de abril
- Eurostat faz 2ª Publicação das Contas Nacionais Trimestrais no 1º Trimestre
- Alemanha: Produção industrial em abril
- Rússia: Inflação em maio
- Alemanha emite títulos do Tesouro a dez anos
Quinta-feira, 9 de junho
Evento em destaque: BCE finaliza reunião de política monetária
Com a inflação a voltar a acelerar em maio e estabelecendo novos recordes, esta deverá ser a última reunião do Banco Central Europeu (BCE) antes de, pela primeira vez em onze anos, decidir subir as taxas diretoras na zona euro e, finalmente, arrancar com a normalização da política monetária. Mais subidas dos juros são praticamente inevitáveis nas reuniões seguintes, com cada vez mais vozes a pedirem aumentos de 50 pontos base (p.b.) em vez dos 25 p.b. para que apontou recentemente o economista-chefe do organismo. Espera-se alguns sinais quanto ao futuro vindos do discurso de Christine Lagarde, embora a reunião não deva alterar o cenário atual.
Outros eventos em foco:
- INE publica Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas nos Serviços em abril
- INE divulga Estatísticas do Comércio Internacional de Bens em abril
- França: Criação de emprego no 1º trimestre
- China: Balança comercial em maio
- Rússia: Reservas do Banco Central
Sexta-feira, 10 de junho
Evento em destaque: Inflação em maio nos EUA
Com a Reserva Federal já num ciclo claro de normalização monetária, os dados do emprego em maio surpreenderam pela positiva e, caso a inflação continue sem dar sinais de abrandamento, parece haver margem para se concretizar a “aterragem suave” de que falou Jerome Powell, presidente da Fed, sobre um possível arrefecimento da economia até à recessão. No entanto, isto significaria também subidas mais expressivas, com os hawks do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) a pedirem subidas consecutivas de 50 p.b. e os mercados em alvoroço com esta possibilidade.
Outros eventos em foco:
- Celebrações do Dia de Portugal
- Espanha: Inflação em maio
- China: Inflação em maio
- Brasil: Vendas a retalho em abril
- Rússia: Decisão de política monetária