Toys ‘R’ Us abre falência nos Estados Unidos e no Canadá

Sem supresas, a Toys ‘R’ Us pediu oficialmente insolvência nos Estados Unidos da América e no Canadá. A empresa de retalho tinha anunciado ontem a intenção de avançar com o pedido de proteção contra uma possível falência e esperava-se que concluísse o processo ainda esta semana. Não foram necessárias 24 horas para que viesse a público que o mercado norte-americano contava agora com mais uma retalhista insolvente.

A decisão de pedir insolvência nos Estados Unidos e no Canadá deve-se à tentativa de a multinacional, responsável por uma rede internacional de cerca de 1.500 lojas de brinquedos, reestruturar as suas dívidas. A retalhista lidera os negócios do ramo no país presidido por Donald Trump, mas o braço de ferro com as maiores rivais, como a Amazon, o Walmart e a Target, tornou-se insuportável para a firma sediada em Nova Jérsia.

A dívida da empresa aumentou substancialmente quando foi adquirida pelas empresas de private equity KKR e Bain Capital e pelo fundo imobiliário Vornado Realty Trust, com uma aquisição alavancada de 6,6 mil milhões de dólares, em 2005.

O futuro das quase 1.600 lojas da Toys ‘R’ Us e dos seus 64 mil funcionários permanece na dúvida. A única certeza até ao momento é a de que as operações da empresa na Austrália e na Europa e a joint venture na Ásia não fazem parte dos processos de falência. A retalhista “pretende utilizar esses processos supervisionados pelo tribunal para reestruturar a sua dívida pendente e estabelecer uma estrutura de capital sustentável que lhe permita investir no crescimento a longo prazo e alimentar as suas aspirações de trazer brincadeiras para as crianças em todo o lado e ser um melhor amigo dos pais”, afirmou a  Toys ‘R’ Us, em comunicado.

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