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Trabalhadores dos centros de comando operacionais da IP em greve

Associações sindicais dos trabalhadores dos centros operacionais das antigas Estradas de portugal e Refer marcaram dois dias de greve, um para quinta-feira, dia 13 de abril, e outro para a próxima segunda-feira, dia 17.
11 Abril 2017, 21h10

Os trabalhadores dos centros de comando operacionais da IP – Infraestruturas de Portugal anunciaram uma greve de 24 horas para os próximos dias 13 de abril (quinta-feira) e 17 de abril (segunda-feira).

Segundo um comunicado conjunto da APROFER e da ASCEF, as reivindicações desta greve são a defesa da mobilidade interna e do recrutamento externo, a especificação e diferenciação das carreiras profissionais e a introdução de mecanismos de avaliação contínua do impacto psicofísico e social dos serviços nestes contextos e consequente redução temporal do horário de trabalho.

“Decorridos 10 anos da implantação dos Centros de Comando Operacional, na época da ainda REFER E.P.E., hoje Infraestruturas de Portugal S.A. fruto da fusão contranatura com as Estradas de Portugal, os trabalhadores continuam a sofrer os impactos de um processo de mobilidade desocasionado, com graves impactos sociais”, sublinha um comunicado emitido pelas duas associações sindicais referidas.

O mesmo documento acrescenta que “sem rejuvenescimento de quadros e uma média etária situada próxima dos 50 anos, sem que tenham sido acautelados os impactos inerentes a quem labora em ambientes fechados e em condições altamente ‘stressantes’, sujeitos a uma taxa média de trabalho extraordinário em média mais de 25% do horário normal (40 horas semanais), é cada vez mais difícil encontrar capacidade de resposta interna, encontrando-se atualmente os serviços de Comando e Controlo de Circulação em rutura iminente”.

“Os trabalhadores destes Centros de Comando Operacionais, após um ano de negociações onde sempre colocaram à frente dos seus interesses uma atitude responsável conciliatória, tendo à data esgotado a discussão das suas revindicações, sem que por parte da Infraestruturas de Portugal S.A. alvitre o poder de resolver as consequências dos seus próprios investimentos e decisões” são as razões invocadas para seguir para a greve neste momento.

O comunicado da APROFER e da ASCEF realça que, tendo em conta “a responsabilidade inerente às funções desempenhadas, foram criadas condições para minorar objetivamente os incómodos que decorrem de uma forma de protesto que não procuramos, após se encontrarem esgotados os processos negociais a decorrer durante anos, possibilitando um acordo de serviços mínimos na ordem dos 30% dos canais horários normalmente disponíveis, numa ótica de serviço público em função das necessidades, adequação e proporcionalidade”.

Recorde-se que a questão dos serviços mínimos nos centros de comando operacionais é vital para a gestão da rede ferroviária nacional, ainda para mais na época festiva da Páscoa em que os dias de greve agendados se inscrevem.

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