Tráfego aéreo em Portugal atinge valor recorde: 44,5 milhões de passageiros

O Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, foi no entanto aquele por onde passaram mais passageiros: cerca de 22,4 milhões, um crescimento de 11,7% face a 2015.

David McNew/REUTERS

O tráfego de passageiros nos aeroportos portugueses registou o ano passado um novo recorde. No total, foram contabilizados cerca de 44,5 milhões de passageiros, o que representa um crescimento global de 14,2% face ao ano anterior.

De acordo com dados a que o Jornal Económico teve acesso, todos os aeroportos nacionais processaram em 2016 mais passageiros do que em anos precedentes.

Foi no Aeroporto de Faro que se registou o maior crescimento, com uma subida de 18,5%, para 7,6 milhões de passageiros. O Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, foi no entanto naquele por onde passaram mais passageiros: cerca de 22,4 milhões, um crescimento de 11,7% face a 2015. A ANA, concessionária dos aeroportos portugueses, destaca, inclusive, que no Humberto Delgado “ao longo de 2016, todos os meses foram de recordes de passageiros”.

No Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, o crescimento foi de 16% para 9,4 milhões de passageiros. Já os aeroportos nas ilhas contabilizaram 3,1 milhões de passageiros na Madeira (+15%) e 1,9 milhões nos Açores (18%).

À margem da assinatura do memorando de entendimento entre o Governo e a ANA, a concessionária dos aeroportos portugueses sublinha que o novo aeroporto no Montijo, com infraestrutura complementar ao tráfego aéreo, pode vir a ser uma mais-valia para o Aeroporto Humberto Delgado conseguir expandir a sua capacidade máxima e aumentar a sua competitividade enquanto hub internacional.

Desde 2013, ano em que a ANA foi privatizada, o tráfego nos aeroportos portugueses disparou ao ritmo mais alto na Europa. A empresa explica este crescimento com “os esforços conjuntos na atração de novas companhias aéreas, novas rotas, chegar a mais destinos e, ao mesmo tempo, na aposta em melhorar o serviço ao cliente nos aeroportos, tanto do ponto de vista operacional como do ponto de vista do utilizador, melhorando condições, criando novos serviços e novas áreas que permitem uma experiência de utilização cada vez com mais qualidade”.

Em 2016, a empresa francesa VINCI, que detém a ANA, investiu 69,2 milhões de euros em melhorias operacionais e em novas áreas comerciais, de forma a melhorar a experiência dos passageiros. Foram criadas 27 novas rotas e oito novas companhias começaram a operar nos aeroportos portugueses.

Para este ano está previsto um “forte investimento”, com o montante a chegar aos 71,1 milhões de euros.

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