[weglot_switcher]

Tráfego global de IP vai triplicar até 2021 e bater os três zettabytes

Em 2021, haverá 27.100 milhões de dispositivos conectados (sendo que 51% conexões de IoT) e 4600 milhões de internautas à escala global, enquanto o vídeo representará 82% do total de tráfego do IP.
17 Junho 2017, 10h00

Nos próximos cinco anos, haverá uma transformação digital com grande impacto nas exigências e nos requisitos das redes IP. O tráfego global de IP irá triplicar entre 2016 e 2021, alcançando 3,3 zettabytes anuais em 2021, face aos 1,2 zettabytes anuais registados em 2016, o que representa uma taxa de crescimento anual de 24%.

Recorde-se que um zettabyte equivale a 1000 exabytes e antecede a unidade de medida yottabyte. O valor de 3,3 zettabytes é o equivalente em gigabytes a todos os filmes produzidos no mundo desde sempre e que cruzam as redes IP de todo o mundo a cada 1,26 minutos.

Estas são as principais conclusões da décima segunda edição do Relatório Anual Cisco Visual Networking Index (VNI) Global Forecast and Service Adoption 2016-2021, que destaca como principais fatores de evolução:

Mais utilizadores na Internet: Em 2021, existirão 4600 milhões de utilizadores na internet (58% da população mundial: 7.800 milhões de pessoas segundo a ONU) face aos 3300 milhões registados em 2016 (44% da população mundial);

Mais dispositivos conectados: Em três anos, 27.100 milhões de dispositivos estarão conectados (três para cada pessoa no mundo), em comparação com 17.100 milhões em 2016 (dois dispositivos por cabeça) incluindo as ligações Machine-to-Machine (M2M);

Aumento de conexões M2M: As conexões M2M representarão mais de metade do total de conexões globais, originando 5% do tráfego total de IP em 2021. Os avanços nos segmentos da Internet of Things (IoT) como casas inteligentes, transporte conectados/veículos inteligentes, saúde conectada e outros serviços M2M de próxima geração estão a impulsionar o crescimento exponencial, multiplicando-se quase por 2,4, o que significa a passagem de 5800 milhões registados em 2016 para 13.700 milhões, previstos em 2021. Com a proliferação de aplicações conectadas como controladores de saúde, dispensadores de medicamentos e dispositivos de assistência rápida, o segmento de saúde conectada representará o crescimento mais rápido (aumento anual de 30%), seguido pelos transportes conectados e aplicações de cidade conectada (29% cada) a nível global;

Aumento do tráfego de vídeo: O vídeo continuará a dominar tráfego IP, sendo responsável por 82% em 2021, face aos 73% de 2016. Globalmente atingiremos 1900 milhões de utilizadores de vídeo na Internet em 2021 (excluindo os utilizadores estritamente móveis), contra os 1400 milhões de 2016. Por fim, três mil milhões de minutos de vídeo serão consumidos na Internet global mensalmente em 2021, o que representa cinco milhões de anos de vídeo mensal ou um milhão de minutos de vídeo a cada segundo;

Banda larga mais rápida. No geral, a velocidade média da banda larga irá multiplicar-se quase por dois entre 2016 e 2021, passando dos 27,5 Mbps para 53 Mbps.

O estudo aponta ainda outras conclusões a reter, nomeadamente, a estimativa de que, em 2021, os dispositivos de WiFi e móveis irão gerar 73% de todo o tráfego da Internet (WiFi 53%; móvel 20%; fixo 27%). Em 2016, os dispositivos de WiFi e móveis irão gerar 62% de todo o tráfego IP (WiFi: 52%; celulares: 10%; fixo: 38%).

Também o número de hotspots de Wifi públicos (incluindo pontos de WiFi em casas particulares) irá multiplicar-se por seis à escala global entre 2016 (94 milhões) e 2021 (541,6 milhões), sendo que 526,2 milhões correspondem a casas particulares (85 milhões em 2016). Os países com maior número de hotspots públicos em 2021 serão: China (170 milhões), Estados Unidos (86 milhões), Japão (33 milhões) e França (30 milhões).

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.